PUBLICIDADE

Câmara convidará general para falar sobre morte de Rubens Paiva

Presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), autorizou comissões a convidar militar reformado responsável pelo DOI, onde o deputado foi morto

Por Daiene Cardoso
Atualização:

Brasília - Atendendo a um apelo da Comissão Nacional da Verdade, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), autorizou as Comissões de Constituição e Justiça, Direitos Humanos e Minorias e Relações Exteriores e Defesa Nacional a convidar o general reformado José Antonio Nogueira Belham a prestar esclarecimentos sobre a execução do deputado Rubens Paiva em 1971, período da ditadura militar. Se aceitar o convite, o general prestará depoimento em sessão conjunta destas comissões.

PUBLICIDADE

"A atuação da Câmara será um elemento a mais para gerar uma pressão para que o general e as Forças Armadas relatem o que foi feito do corpo do deputado e resolva com isto última incógnita dessa questão, porque o resto a Comissão conseguiu demonstrar", disse o presidente da Comissão da Verdaden, Pedro Dallari, após encontro com Alves.

Mais cedo, Dallari entregou o relatório preliminar da pesquisa sobre o assassinato do deputado e propôs que a Câmara trabalhe em conjunto com a Comissão na tentativa de descobrir o destino dos restos mortais de Paiva. O general reformado era, na época, comandante do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Rio de Janeiro, onde o deputado foi executado.

A Comissão Nacional da Verdade já conseguiu comprovar que Paiva deu entrada no DOI do Rio de Janeiro em 20 de janeiro de 1971, onde foi torturado e morto no local no dia seguinte. Resta saber ainda o que foi feito do corpo do deputado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.