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Caiado pede presença de Dilma em comissão da Câmara

Por DENISE MADUEÑO
Atualização:

O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), pediu hoje a convocação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para prestar esclarecimentos sobre suposta ingerência em assuntos da Receita Federal. O requerimento pede uma comissão geral da Câmara no dia 26 de agosto para ouvir a ministra e terá de ser aprovado pelo plenário. Caiado afirmou que quer esclarecimentos sobre a existência ou não de encontro entre Dilma e a ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira. Na reunião reservada, segundo Lina, a ministra lhe pediu que acelerasse a auditoria nas empresas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), gerenciadas pelo filho do senador, Fernando Sarney. Dilma nega o encontro e afirma não ter feito pedido algum.No mesmo sentido, o DEM também protocolou hoje na Comissão de Finanças e Tributação requerimento de convocação de Dilma e dois requerimentos convidando Lina Maria Vieira e a chefe de gabinete do secretário da Receita Federal, Iraneth Dias Weiler. Os requerimentos foram apresentados pelo deputado Guilherme Campos (DEM-SP). O partido também vai apresentar o pedido de convocação e os convites na Comissão de Fiscalização e Controle.Iraneth, subordinada de Lina na época em que teria ocorrido a audiência, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo na semana passada, que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, foi ao gabinete de Lina para marcar o encontro e que, após a saída dela, Lina a teria avisado da audiência com a ministra.O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que enviará em breve à Casa Civil o pedido de informações protocolado por Caiado à Mesa na semana passada. O requerimento pede que a Casa Civil apresente cópia das gravações do circuito interno de TV do andar onde trabalha no Palácio do Planalto, da planilha de controle de veículos que trafegaram pelo estacionamento do local, da agenda oficial da ministra e responda sobre a existência ou não de um controle paralelo de encontros e atividades não divulgadas, ou seja, uma outra agenda de reuniões sigilosa. As informações requeridas referem-se ao período de novembro e dezembro do ano passado. A ministra tem o prazo de 30 dias para responder.

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