Briga política separa irmãos em campanha de Campinas

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Por Agencia Estado
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Desde que iniciou a campanha em Campinas, segundo maior colégio eleitoral do Estado de São Paulo, com 667 mil eleitores, Frank Sampaio usa uma tarja negra no braço. O gesto é um sinal de luto por não poder pedir votos para o irmão, Carlos Sampaio. Um arranjo político pré-campanha levou Frank para o PFL, hoje coligado com o PDT do dr. Hélio de Oliveira Santos, principal adversário de Carlos Sampaio (PSDB) na disputa pela Prefeitura da cidade. Os Sampaio tinham convicção de que o PSDB teria o PFL coligado na chapa. Na véspera de se esgotar o prazo para registro das candidaturas, o PFL se uniu ao PDT. A inusitada situação chocou Frank. Em protesto, apareceu vestido inteiramente de luto na convenção do PFL que homologou Campos Junior como vice do dr. Hélio. Desde então, faz campanha com uma tarja preta no braço: "Morreu a esperança de fazer uma coligação com meu irmão. Não tenho nada contra o Hélio, mas não posso pedir votos para ele e vou votar no Carlão", confessa. Situação semelhante vive Jonas Donizette. É candidato a prefeito pelo PSB, enquanto o irmão Tadeu Marcos concorre à reeleição na Câmara pelo PSDB. Além disso, um sobrinho, Luiz Lauro Filho, também é candidato a vereador, também pelo PSDB. Mas Jonas e Tadeu estão acostumados. Em 1992, ambos se elegeram vereadores pelo PSDB enquanto o irmão mais velho, Luiz Lauro, perdia a eleição para prefeito, concorrendo pelo PTB. Em 1996, ambos se reelegeram por partidos diferentes. "O eleitor sabe que somos irmãos, mas entende que nossos caminhos políticos são diferentes", minimiza Jonas.

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