PUBLICIDADE

Brasil reconhece Estado palestino nas fronteiras de 1967

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O governo brasileiro reconheceu o Estado palestino nas fronteiras existentes antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, informou o Ministério das Relações Exteriores nesta sexta-feira. O reconhecimento é resposta a um pedido feito pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em carta datada de 24 de novembro. "A iniciativa é coerente com a disposição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina, cujas negociações diretas estão neste momento interrompidas", afirmou o Itamaraty em nota. "(A decisão) está em consonância com as resoluções da ONU, que exigem o fim da ocupação dos territórios palestinos e a construção de um Estado independente dentro das fronteiras de 4 de junho de 1967." Em 1967, após a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou a região oriental de Jerusalém, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza --territórios agora reconhecidos pelo governo brasileiro como parte do Estado palestino. Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado independente, mas Israel considera a cidade como sua capital eterna e indivisível. "A decisão não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis negociações entre Israel e Palestina, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre as questões centrais do conflito", afirmou a chancelaria brasileira. "O Brasil reafirma sua tradicional posição de favorecer um Estado palestino democrático, geograficamente coeso e economicamente viável, que viva em paz com o Estado de Israel." As negociações de paz entre israelenses e palestinos foram reiniciadas em setembro com a mediação dos Estados Unidos, mas foram interrompidas pouco depois com o fim da moratória de Israel na expansão de assentamentos judeus em território palestino ocupado. Segundo o Itamaraty, mais de 100 países reconhecem o Estado palestino, entre eles China, Rússia e Índia, países que formam, junto com o Brasil, o chamado Bric e que mantêm "relações fluidas" com Israel.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.