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Bolsonaro diz que não pretende se licenciar do mandato durante a campanha

Pré-candidato criticou também possíveis rivais na disputa presidencial, como Joaquim Barbosa, Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles

Por Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA -Segundo colado nas pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que não pretende se licenciar do mandato de deputado federal, mesmo quando a campanha começar de fato, em agosto.

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"Não pretendo me licenciar. A princípio não. Vou viver como?", declarou. Ele disse que vai cumprir "o mínimo de presença na Câmara". "É um direito meu", afirmou.

Bolsonaro é pré-candidato à Presidência pelo PSL nas eleições 2018 Foto: Leonardo Benessatto/Reuters

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Bolsonaro disse também ter se preparado para fazer campanha com R$ 1 milhão, bem abaixo do teto de R$ 70 milhões estabelecido pela Justiça Eleitoral. "Acredite se quiser. Não precisa mais do que isso", afirmou.

O pré-candidato criticou também possíveis rivais na disputa. Sobre  Joaquim Barbosa (PSB), o deputado disse que é preciso questionar a atuação do ex-ministro no Supremo Tribunal Federal e minimizou o desempenho dele na última pesquisa Datafolha, divulgada no domingo. "Ele foi sondado mais de um ano atrás e está nessa faixa de 7%, 8%. Então, mantém o nível de um ano atrás", afirmou.

Segundo o presidenciável, o ex-ministro deverá começar a "levar tiro". "Tem que ver as bandeiras dele, o que ele defende, perguntar questões básicas, por exemplo, a questão do abordo, da maioridade penal, do desarmamento. A vida pregressa dele dentro do Supremo vai ser questionada. Ele votou para que o (italiano Cesare) Battisti ficasse no Brasil.", declarou.

O presidenciável do PSL também criticou o Ministério Público por ter, na avaliação dele, "aliviado" o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). "O MP aliviou o Alckmin, né. Transformou uma questão que seria criminal em crime eleitoral", declarou Bolsonaro. Ele se referia à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, atendendo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), transferiu para a Justiça Eleitoral o processo de suspeita de caixa 2 contra o tucano, com base na delação da Odebrecht. A medida livrou Alckmin da Operação Lava Jato. 

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Em sua avaliação, a pré-candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) não vai decolar.  "É um bom garoto, tem futuro político pela frente brilhante, está tendo uma experiência que acho intimamente que nem ele acreditava ganhar a Casa", disse. 

Bolsonaro também questionou a atuação do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) como presidente do Conselho de Administração do grupo J&F, que fechou acordo de delação premiada com a Justiça.

Ainda de acordo com o deputado do PSL, o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo e presidenciável pelo PRB, também não se viabilizará. "Ele está com 1%", afirmou.