Berzoini pode melhorar relação, diz Henrique Alves

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Por Erich Decat
Atualização:

A indicação do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) foi considerada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), como um passo importante do Palácio do Planalto para tentar dirimir os conflitos de parte da base com o governo.Berzoini foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a vaga da ministra Ideli Salvatti, que assumirá a Secretaria de Direitos Humanos. A posse de Berzoini no novo cargo está prevista para a próxima terça-feira. Henrique Alves destaca que, em um período pré-eleitoral em que a maioria dos deputados disputarão as próximas eleições para tentarem se manter no mandato, Berzoini pode ter um melhor entendimento das necessidades das bancadas da Câmara em comparação com os antecessores com origem no Senado."A Câmara tem que ter um tratamento diferenciado em relação ao Senado. Agora vamos ter na área política um deputado que conhece isso. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, não conhecia porque era do Senado. A Ideli Salvatti não conhecia tão bem porque era do Senado. A ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann também", afirmou Henrique Alves ao Broadcast Político.Perguntado sobre se a atuação de Berzoini não seria a mesma que o do também deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), que ficou no comando da Secretaria por apenas seis meses, o peemedebista afirmou: "Acho que vai ser diferente porque Berzoini tem uma experiência maior do PT. Também pelo currículo dele, por onde ele já passou. Acho que nesse momento Berzoini pode ter um espaço melhor. Mas dependerá muito da relação dele com a presidente Dilma que, confesso, não conheço".Segundo Henrique Alves, o futuro ministro da SRI, antes mesmo de tomar posse, já vem buscando aproximação com o PMDB, principal aliado do governo e que chegou a comandar um bloco com partidos da base aliada descontentes com o Planalto no início do mês. "Ele teve um gesto importante, me ligou ontem para chamar para a posse. Foi um gesto de quem conhece o caminho que a Câmara quer. Ele começou bem pelo gesto de simplicidade. O tempo é curto até o início das eleições, mas agora mãos à obra".

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