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Bernardo pede apuração de 'todos os casos em discussão'

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Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu nesta terça-feira, 1º, a instalação de uma CPI para apurar não apenas as suspeitas de irregularidades sobre a Petrobras, "mas todos os casos que estão em discussão". O ministro destacou entre esses outros casos as denúncias envolvendo empresas acusadas de cartel no metrô de São Paulo. A fala do ministro faz parte de uma estratégia do governo de usar a CPI para desgastar a oposição e minimizar potenciais efeitos eleitorais."Eu acho que a gente deveria fazer uma CPI e apurar todos os casos que estão aí em discussão. Porque normalmente o que acontece é que as pessoas tratam assim: ''CPI, nos olhos dos outros é refresco''. Então, vamos fazer uma CPI da Petrobras. Mas por que não faz uma CPI daquele negócio do metrô?", questionou Paulo Bernardo a jornalistas, após a cerimônia de posse dos novos ministros das secretarias de Relações Institucionais e de Direitos Humanos."Porque, vamos ser sinceros, tudo indica que teve uma roubalheira naquele caso (do metrô de SP), até Tribunal de Contas do Estado está envolvido nisso, por que não faz e apura logo tudo? Acho que essa é a melhor (saída)", prosseguiu.Refinaria O jornal O Estado de S.Paulo revelou na edição desta terça que o presidente da Petrobras América em 2007, o engenheiro Alberto Guimarães, se opôs à proposta da estatal de comprar metade da refinaria de Pasadena, acordada em US$ 700 milhões em dezembro daquele ano e posteriormente vetada pelo Conselho de Administração da estatal. Em e-mails enviados em setembro de 2007 a diretores da companhia no Brasil, o executivo manifestou ceticismo em relação ao preço que estava sendo negociado e disse que discordava da aquisição.Questionado sobre o assunto, Bernardo comentou que acha "normal e democrático que não haja consenso sobre decisões"."Acho que está saindo muita matéria, precisamos verificar o que tem de verdade nisso aí. Talvez seja até bom fazer investigação para esclarecer tudo isso", disse o ministro. "Por que a presidente (Dilma Rousseff) teria de ter alguma responsabilidade nisso (na compra da refinaria)? Acho até normal e democrático que não haja consenso sobre decisões."

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