Bebê ferido tem alta; famílias procuram apoio psicológico

Moradores ao redor do acidente que matou Eduardo Campos passaram o dia sem saber se voltariam ou não para suas casas

Por e Diego Zanchetta
Atualização:

SÃO PAULO - Gabriele, de 1 ano e 9 meses, única entre os dez feridos em terra que permaneceu internada para observação, teve alta às 9h30 desta quinta-feira, 14. A menina levou sete pontos no braço direito, segundo a prefeitura de Santos, mas não corre risco de ficar com sequelas.

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Ela estava com a mãe, Larissa, na piscina infantil da academia Mahatma, um dos 15 edifícios atingidos por fragmentos do avião. A mãe não se feriu.

Os moradores ao redor do acidente passaram o dia sem saber se voltariam ou não para suas casas. Dos imóveis atingidos, apenas três continuaram interditados: dois sobrados abaixo do local da queda e a academia à esquerda. Os outros foram liberados depois de vistoria dos peritos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

O lugar que concentrou as preocupações foi um condomínio horizontal com 12 casas. Acompanhados de bombeiros, moradores puderam entrar para buscar remédios e itens básicos, como alimentos perecíveis e roupas íntimas.

“Minha neta está traumatizada. Ela tem 9 anos, estava em casa, bem no apartamento que pegou fogo. Só fala na bola de fogo. Estamos preocupados”, afirmou nesta quinta a funcionária pública Edna da Silva, de 53 anos, que abrigou a neta e o restante dos parentes em sua casa, também em Santos.

A família de Edna foi uma das dez que procuraram apoio psicológico em uma tenda instalada pela prefeitura. 

Nervosismo. A decoradora Zuleika Saibro, de 47 anos, passou o dia abrindo a porta de sua casa para cinegrafistas e fotógrafos acompanharem as buscas. Localizada ao lado do terreno, era possível ver toda a atividade dos bombeiros.

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“Eu estava dormindo na hora do acidente. Ouvi um barulho e tapei os ouvidos. Então veio o tremor. A empregada estava no fundo de casa, achei que ela tinha morrido”, disse ela, demonstrando nervosismo. 

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