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BC terá independência operacional, promete Aécio

Evitou citar nomes que poderiam compor a autoridade monetária, mas garantiu que a instituição terá autonomia operacional, caso seja eleito presidente

Por ELIZABETH LOPES E CARLA ARAUJO
Atualização:
Segundo ele, o fundamental é que o BC tenha independência operacional. "Se haverá ou não lei sobre isso é secundário", afirmou Foto: Alex Silva/Estadão

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira, na série ''Entrevistas Estadão'', que anunciou o nome do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como seu ministro da Fazenda, caso seja eleito, para dar tranquilidade e sinalizar o que pretende fazer na economia, que é fazer o Brasil voltar a crescer.

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Ao falar do time que o acompanha, o tucano disse que tem três seleções, ou seja, um time muito qualificado. E ao falar das pessoas que o acompanham, ironizou Marina Silva, questionando as declarações que ela vem dando de que pretende governar com quadros dos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso e do petista Luiz Inácio Lula da Silva. "Ela precisa escolher por qual modelo vai optar", cobrou, dizendo que não dá para ficar com os dois modelos tão distintos.

Aécio falou também sobre Banco Central em seu eventual governo. Evitou citar nomes que poderiam compor a autoridade monetária, mas garantiu que a instituição terá autonomia operacional, caso seja eleito presidente. Segundo ele, o fundamental é que o BC tenha independência operacional. "Se haverá ou não lei sobre isso é secundário", afirmou.

Indagado sobre quando o ex-presidente FHC participará de seu horário eleitoral, ele disse que tem o privilégio de ter o ex-presidente a seu lado. "Quem achar que isso faz bem, vote em mim, quem não achar, não vote", disse.

Bomba

Ele disse também que vai ter uma política fiscal totalmente transparente e classificou a do atual governo como "uma peça de ficção". Segundo ele, é preciso dar transparência à equipe econômica. "Não sei quais bombas relógios o governo deixou armadas", disse ele, evitando falar qual seria sua meta para o superávit primário. Aécio afirmou que é importante deixar um superávit, mas seria precipitação dizer o montante. "Grande parte da perda de credibilidade vem da pouca transparência dos dados oficiais."

O presidenciável tucano voltou a dizer que a Petrobras e a Eletrobras estão frequentando hoje as páginas policiais da imprensa, em vez das páginas de economia. E defendeu a necessidade de repensar a matriz energética brasileira, dando prioridade a outras fontes de energias alternativas, como a eólica e a biomassa. O tucano disse que, assim como na Petrobras, é preciso ver os sérios problemas administrativos na Eletrobras.

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Bolsa Família

O candidato afirmou também que o programa atual do governo da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff para o Nordeste "se resumiu ao Bolsa família". O tucano disse ainda o programa é importante, mas precisa ser ampliado e criticou a forma de cadastro das famílias. "O cadastro do Bolsa Família é uma caixa preta. Queremos dar transparência a isso", disse.

O tucano disse ainda que vai continuar as obras "inacabadas" pelo governo Dilma na região Nordeste. Ele citou a transposição do São Francisco. "A política da presidente Dilma para o Nordeste também foi fracassada", afirmou.

Aécio afirmou ainda que suas propostas são factíveis do ponto de vista orçamentário. "Se alguém tem autoridade para falar de responsabilidade fiscal sou eu. Esse é o governo do desperdício e da ausência de prioridades claras. Nossas propostas são factíveis, vamos fazer o Brasil voltar a crescer", disse.

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