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Bastidores: Planalto aposta que Lava Jato vai enfraquecer Cunha

Por Debora Bergamasco
Atualização:

Palácio do Planalto conta com o enfraquecimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como parte do processo de recomposição da base aliada. Integrantes do primeiro escalão do governo apostam que a força política para manobrar a maioria da Casa demonstrada por Cunha vai minguar assim que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir a abertura de inquérito ou oferecer denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra parlamentares implicados na Operação Lava Jato - o que deve ocorrer depois do carnaval.

Entendem que o próprio Cunha já trabalha com esse cenário e que, por isso, empenhou agora todo seu capital político para acelerar ao máximo a aprovação de projetos de seu interesse e cumprir algumas promessas de campanha. Mesmo que Cunha não seja pessoalmente investigado, o Planalto acredita que, quando vier a público a lista de políticos sob investigação, os parlamentares estarão mais preocupados em salvar a própria pele do que em se unir para emplacar propostas contra o governo.

Palácio do Planalto conta com o enfraquecimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como parte do processo de recomposição da base aliada. Foto: Ed Ferreira/Estadão
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