Bancada do PT rejeita hipótese de antecipar eleições gerais
Avaliação é de que a defesa de um novo pleito poderia passar a ideia de reconhecimento antecipado de derrota no Senado
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Por Igor Gadelha
Atualização:
BRASÍLIA - Um dia após a aprovação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, a bancada do PT na Casa procurou rejeitar a hipótese de antecipação de eleições gerais.
Mesmo com a derrota de Dilma na votação deste domingo, 17, e reconhecimento de que o placar tornou a situação dela no Senado ainda mais difícil, a estratégia dos petistas é focar o discurso na defesa do mandato da presidente.
Veja manifestações pró e contra impeachment em Brasília
1 / 24Veja manifestações pró e contra impeachment em Brasília
Tristeza
Manifestantes lamentam resultado da votação Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Gritos de ordem
Pessoas continuam a protestar mesmo com o resultado adverso Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestantes acompanham votação
Manifestantes contra o impeachment assistem a votação e alguns choram de emocao Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestante chora em frente a Esplanada
Manifestantes contra o impeachment assistem a votação e alguns choram de emoção Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestante se emociona ao acompanhar votação
Manifestante chora ao acompanhar votação de impeachment Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestante contra impeachment
Mulher se expressa após voto de deputado Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestantes fazem projeções nos prédios
Manifestantes projetam "Fora Dilma" e "Fora PT" nos prédios da Esplanada Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
Manifestantes contra impeachment
Manifestantes contra o impeachment assistem a votação Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestantes a favor do impeachment
O grupo favorável se posicionou em um dos lados do muro da Esplanada Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
Manifestantes contra impeachment
Manifestantes contrários ao impeachment concentrados na Esplanada Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
Muro separa manifestantes pró e contra impeachment
Muro dividiu grupos pró e contra o impeachment Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
Muro separa manifestantes pró e contra impeachment em Brasília
Movimentação de pessoas nas area destinada a manifestações a favor e contra o Impeachment da presidente Dilma Rousseff na esplanada dos Ministerios em... Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAOMais
Manifestantes contra o Impeachment na Esplanada dos Ministérios
Bandeiras do Brasil também eram vistas entre manifestantes contrários ao impeachment Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestantes favoráveis ao impeachmente em frente à Esplanada dos Ministérios
Movimentação de pessoas na area destinada a manifestações a favor do Impeachment da presidente Dilma Rousseff na esplanada dos Ministerios em frente a... Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAOMais
Manifestantes contra o Impeachment na Esplanada dos Ministérios
Grupos se dirigiram à Esplanada dos Ministérios Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestantes favoráveis ao impeachmente se dirigem à Esplanada dos Ministérios
Movimentação de pessoas na area destinada a manifestações a favor do Impeachment da presidente Dilma Rousseff na esplanada dos Ministerios em frente a... Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAOMais
Manifestantes favoráveis ao impeachmente em frente à Esplanada dos Ministérios
Movimentação de pessoas na area destinada a manifestações a favor do Impeachment da presidente Dilma Rousseff na esplanada dos Ministerios em frente a... Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAOMais
Manifestantes estendem faixas contra Impeachment
As faixas traziam inscrições favoráveis à manutenção do cargo de Dilma Rousseff Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Manifestante favorável ao impeachment
Cartaz ironizava ligação entre Lula e Dilma interceptada pela PF Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
Mensagens nas proximidades do muro que divide os manifestantes
Faixa que os manifestantes pró-impeachment colocaram no muro que divide a esplanada Foto: Adriana Fernandes/ESTADAO
Bonecos usados por manifestantes favoráveis ao impeachment
Bonecos de Lula e Dilma são usados pelos manifestantes em favor do impeachment Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
Presença infantil
Alguns manifestantes levam crianças à manifestação Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
Descanso
Manifestantes em favor do impeachment descansam em frente à Esplanada dos Ministérios Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
Descanso
Manifestantes contra o impeachment descansam em frente à Esplanadas dos Ministérios Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADAO
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De acordo com parlamentares petistas ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, defender novas eleições agora poderia passar a ideia de que o partido está reconhecendo antecipadamente a derrota no Senado e legitimando o "golpe" da oposição.
Segundo o líder do PT na Câmara, Afonso Florense (BA), a "hipótese" "não apareceu" no governo e no partido. "Hoje mesmo estive com ministro (Ricardo) Berzoini (Secretaria de Governo) e com a presidente Dilma e não vi isso", disse.
"Para nós, ela não existe", acrescentou Florense. Vice-líder do PT, o deputado Henrique Fontana (RS) foi na mesma linha. "Eleições gerais já têm data marcada: em 2018. Fora disso é golpe", afirmou o parlamentar gaúcho.
A antecipação das eleições gerais chegou a ser defendida, nos bastidores, por alguns setores do governo e do PT como uma proposta de saída da crise política, para caso o impeachment da presidente Dilma tivesse sido rejeitado pela Câmara.
Para que se tornasse realidade, Dilma e o PT teriam de encampar a aprovação de uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) propondo essa antecipação. A medida, contudo, teria muita dificuldade para ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
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A proposta é defendida por lideranças políticas relevantes, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nesta segunda-feira, 18, um grupo de seis senadores, entre eles, Cristovam Buarque (PDT-DF), também propôs uma PEC para antecipar eleições.
Grupo de trabalho. Como parte da estratégia de defesa do mandato de Dilma, a bancada do PT criou um "grupo de trabalho" de deputados para fazer articulação política junto aos senadores com o objetivo de barrar o impeachment.
SegundoFlorense, que comandará o grupo, a ideia é que os deputados se juntem aos senadores para fazer o corpo a corpo em busca de votos para impedir a aprovação do impeachment no Senado.
Em outra linha, o PT decidiu investir em campanhas em defesa do mandato de Dilma com artistas, intelectuais e juristas. A terceira linha de atuação será tentar judicializar o processo em tudo que for possível.