Às vésperas da volta do recesso, Temer se reúne com relator da Previdência

Presidente, ministros e deputado Arthur Maia discutem como proposta será encaminhada nesta semana à Câmara

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

Brasília - O presidente Michel Temer se reúne na tarde deste domingo, no Palácio do Jaburu, com o relator da Reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA) e com os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência).

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Eles discutem como a proposta será encaminhada nesta semana na Câmara na volta do recesso parlamentar. Inicialmente, a apreciação em plenário da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) começará no dia 19 de fevereiro, após o carnaval. Há, no entanto, uma expectativa de que seja apresentada uma emenda aglutinativa com mudanças no texto que foi aprovado na comissão especial.

"Depende mais do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele vai determinar essa questão (do encaminhamento nesta semana)", disse o relator ao Broadcast Político. Segundo o relator, ainda não foi definido se realmente haverá ou não alterações na proposta, articulação que caberá aos líderes da base aliada. Um jantar nesta segunda-feira, 5, na residência oficial da Câmara definirá se será apresentado um texto alternativo com as mudanças sugeridas pela base governista. 

O presidente Michel Temer. Foto: André Dusek / Estadão

Em entrevista ao Estadão/Broadcast na última semana, o presidente disse que já fez sua parte e que é preciso convencer a população para ter apoio do Congresso à proposta. Na ocasião, o presidente já havia afirmado que iria avaliar, junto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se o texto será colocado em pauta no dia 19 de fevereiro. O governo ainda não tem certeza se terá os 308 votos necessários para aprovação. 

Integrantes do governo colocaram fevereiro como a única alternativa para votar a reforma. Antes, alguns aliados de Temer defendiam que a reforma fosse colocada em votação em novembro, depois das eleições. Isso aumentaria, na visão deles, as chances de o texto ser aprovado, porque os parlamentares não teriam mais de votar tema tão impopular temendo a punição nas urnas.

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