CPI da Petrobrás é marcada por protesto após convocação de aliado de Lula

Deputados petistas reagiram após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamar da convocação de Paulo Okamotto para depor

PUBLICIDADE

Por Daiene Cardoso
Atualização:

Texto atualizado às 11h56

PUBLICIDADE

BRASÍLIA - A primeira parte da sessão desta terça-feira, 16, da CPI da Petrobrás foi marcada por protestos dos petistas por causa da convocação do diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e da aprovação de quebra de sigilos na reunião passada. A bancada anunciou que pedirá os horários da votação da última sessão da comissão para confrontar com o início de suspensão da ordem do dia na última quinta-feira. Foi nessa brecha de 13 minutos que 140 requerimentos foram aprovados.

Os petistas questionaram a manobra e classificaram de "gambiarra" a ação orquestrada entre PMDB e oposição. “Minha observação política é que foi feita uma manobra da pior espécie para envolver o senhor Paulo Okamotto”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

A bancada do PT anunciou que poderá recorrer da votação da última semana. “O Instituto Lula nunca foi denunciado em nada na Lava Jato. Essa CPI está dando tratamento desigual para situações iguais”, atacou o deputado Jorge Sola (PT-BA), que chamou a manobra de “golpe”.

A reação dos deputados do PT acontece após a bronca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula reclamou da convocação de Okamotto.

O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), disse que Okamotto foi convocado porque o Instituto recebeu recursos de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. “Tenho certeza que fomos justos na última quinta-feira”, declarou. Ele lembrou que o pedido de suspensão da ordem do dia foi da deputada Moema Gramacho (PT-BA).

Por conta da obstrução dos petistas, que já dura quase duas horas, estão atrasados os depoimentos dos ex-executivos da Sete Brasil João Carlos de Medeiros Ferraz (ex-presidente) e de Newton Carneiro da Cunha (ex-presidente do Conselho Administrativo) previstos para essa terça. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.