Geraldo Alckmin parece ainda tatear na área econômica qual será seu discurso como candidato. Tema costumeiro em eleições, o debate sobre a economia tende a ganhar mais peso neste ano diante de um eleitorado que ainda sente a rebordosa da crise. O tucano sabe disso. Só não sabe ainda qual ideário seguirá.
Ao falar na privatização da Petrobrás, ele tenta ganhar simpatia de investidores e liberais. É com esse público que também espera ganhar pontos ao atrair para sua equipe Persio Arida, ex-presidente do BC no governo FHC e sócio do BTG até 2017.
A composição de seu grupo de conselheiros econômicos, contudo, mostra que Alckmin não está inclinado a se colocar como um liberal “puro-sangue”. Mentor da campanha do tucano em 2006, Yoshiaki Nakano foi novamente escalado para auxiliá-lo. Diretor da Escola de Economia da FGV, é identificado no mercado com ideias “desenvolvimentistas”. Amigo de longa data, Roberto Giannetti completa o time.
A tendência é de que Alckmin tente se equilibrar entre diferentes correntes. Auxiliares aconselham o uso do discurso do “pragmatismo econômico”: defender “o que funciona” sem abraçar espectro ideológico.