Alves diz que investigação da Petrobrás e Marco Civil estarão na pauta

Presidente da Câmara defendeu Eduardo Cunha e afirmou que assuntos delicados governo irão a Plenário nesta terça

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Por Ricardo Della Coletta
Atualização:

Brasília - O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), defendeu nesta tarde o líder do PMDB na Câmara e pivô da crise do partido com o Planalto e afirmou que o requerimento para criar uma comissão externa responsável por acompanhar investigações que citam a Petrobrás será o primeiro item da pauta desta terça-feira, 11. "Vou (pautar). Essa pauta é de 15 dias atrás. É o primeiro item e logo depois (haverá) a discussão para votação do Marco Civil da Internet", disse Alves, ao chegar à Câmara.

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Para Alves,"é impossível isolar o líder de uma bancada de 76 deputados federais. Pode haver dificuldades, faz parte do jogo político, mas isolar o líder do PMDB não passa pela cabeça do PMDB".

O requerimento para investigar a Petrobrás conta com forte resistência do governo. A proposta, contudo, ganhou força ao ser abraçada pela chamado "blocão", grupo de deputados de oito partidos insatisfeitos com a articulação política do Planalto, que se reuniu nesta terça com Cunha e voltou a defender a investigação da estatal.

Há duas semanas, a proposta chegou a ser discutida pelo Plenário da Câmara, mas sua votação não foi concluída. O pedido foi apresentado originalmente pela oposição e cria uma comissão externa para acompanhar, na Holanda, investigações sobre um esquema de pagamento de subornos a empresas de vários países no qual a Petrobras é mencionada.

Marco Civil. Mesmo com o governo defendendo o adiamento da votação do Marco Civil da Internet por temer que a crise política deflagrada resulte em derrota para o Planalto, o presidente da Câmara disse que vai levar o projeto ao Plenário. Perguntado pelo Broadcast Político, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, sobre como reagirá quando o tema for discutido no colégio de líderes, agendado para esta tarde, Henrique Alves respondeu: "Se (o governo) for defender, é no Plenário, porque vou pautar e levar para o Plenário votar".

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