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Aloysio pediu a Temer para manter Camex subordinada ao Itamaraty

Recém-empossado, ministro tucano afirmou que medida é para que ocorra uma transição gradual

Foto do author Sandra Manfrini
Por André Ítalo Rocha , Sandra Manfrini e Lu Aiko Otta
Atualização:
Aloysio Nunes (PSDB) toma posse como ministro das Relações Exteriores Foto: André Dusek/Estadão

Brasília- O novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 7, que pediu ao presidente Michel Temer (PMDB) e ao ministro Marcos Pereira (MDIC) que a Camex (Câmara de Comércio Exterior) continuasse subordinada ao Itamaraty por um "tempo", para que houvesse uma transição gradual.

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"Eu pedi ao presidente e ao ministro Marcos Pereira que desse um tempo para que pudéssemos fazer uma transição tranquila, uma vez que essa é a decisão do presidente", afirmou o ministro, após a sua cerimônia de posse, no Palácio do Planalto.

O governo tornou hoje sem efeito o Decreto 8.997, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de ontem, que, entre outras medidas, retirava a secretaria executiva da Camex do Itamaraty e a devolvia ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), ao qual era originalmente vinculada.

A decisão está publicada em forma de outro decreto, publicado há pouco em edição extra do Diário Oficial, na página da Imprensa Nacional. Segundo o texto do novo decreto, "os dispositivos revogados ou que tiveram a redação alterada pelo Decreto 8.997, de 2017, ficam, respectivamente, revigorados ou com a sua redação anterior restabelecida".

A alteração feita pelo governo de Michel Temer ontem deixou o novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, irritado, principalmente porque ele não foi consultado sobre a mudança, segundo relataram ao Estado pessoas próximas ao ministro.

A secretaria executiva da Camex pertencia ao MDIC, mas, no início do governo Temer, foi transferida ao Itamaraty, com o intuito de dar à Pasta um braço forte para impulsionar as exportações brasileiras.

De olho no comércio exterior, o novo ministro também afirmou hoje que pretende fazer da política externa um "fator a mais" para desenvolver e recuperar a economia brasileira. 

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