Aloysio Nunes diz que senadores tinham agendado encontro com Capriles na Venezuela
Fala foi resposta ao assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia
Por Sandra Manfrini
Atualização:
Brasília - O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), rebateu neste sábado, 20, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e disse que a comissão de representantes do Senado brasileiro que foi à Venezuela na última quinta-feira,18, tinha sim um encontro agendado com o governador Henrique Capriles.
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"O encontro com Capriles estava, sim, agendado para as 18 horas. E só não se deu em razão da agressão teleguiada pelo governo de Maduro que mereceu, aliás, viva reprovação do governador Capriles", diz a nota assinada por Aloysio Nunes, destacando que o líder da oposição venezuelana se manifestou pela sua conta no Twitter. "Que vergüenza mandar trancar la vía @NicolasMaduro de paso de delegacíon Senadores Brasil!Venezuela te quedó demasiado grande!", teria dito Capriles em sua conta no Twitter.
Em entrevista ao Estado, o assessor especial da Presidência repudiou a tentativa dos senadores da oposição de transformar a frustrada visita a líderes políticos presos na Venezuela no que chamou de "embate político-ideológico". Garcia também afirmou que a agenda dos senadores era parcial, pois não estaria programado nenhum contato com Capriles.
Senadores são hostilizados na Venezuela
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Foto do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que mostra a comitiva de senadores brasileiros que foia Caracas nesta quinta, 18, composta porAloysio Nunes (PSD... Foto: Aécio Neves/TwitterMais
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A comitiva de senadores de oposição do Brasil foicercada por manifestantes em Caracas a caminho do presídio onde tentavam visitar Leopoldo López,preso... Foto: María Corina Machado/TwitterMais
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Ônibus em que estava a comitiva dos senadores brasileiros, em Caracas. "Totalmente bloqueada a rodovia CCS- La Guaira porque 'estão limpando os túneis... Foto: María Corina Machado/TwitterMais
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Deputada Maria Corina Machado com os senadores brasileiros que viajaram nesta quinta, 18, a Caracas, para visitarLeopoldo López, que está preso por at... Foto: María Corina Machado/TwitterMais
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A segunda da direita para a esquerda, Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, postou em seu Twitter uma foto com os dizeres: 'esperando pela comissã... Foto: Lilian Tintori/TwitterMais
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Foto da esposa de Leopoldo López, Lilian Tintori, em que aparece entre os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG).Ônibus com senador... Foto: Lilian Tintori/TwitterMais
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Foto postada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) em seu Twitter pouco antes de embarcar para a Venezuela Foto: Aécio Neves//Twitter
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Manifestantes pró-Maduro cercam comboio de senadores brasileiros em Caracas Foto: @venezuelalucha/Instagram
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Senador Aécio Neves (PSDB-MG) fala àimprensa venezuelana.Ônibus com senadores do PSDB, DEM e PSD é cercado por manifestantes que gritam 'fora, fora' e... Foto: @venezuelalucha/InstagramMais
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A comitiva de senadores de oposição do Brasil é cercada por manifestantes em Caracas a caminho do presídio onde devem tentar visitar Leopoldo López, p... Foto: @venezuelalucha/InstagramMais
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Na foto, Lilian Tintori, esposa do opositor Leopoldo López, aparece entre os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP)e Aécio Neves (PSDB-MG) Foto: @venezuelalucha/Instagram
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Na foto, Lilian Tintori, esposa do opositor Leopoldo López, aparece entre os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP)e Aécio Neves (PSDB-MG).Comboio brasilei... Foto: Lilian Tintori/TwitterMais
"A mentira no debate político é recurso habitual dos líderes do Foro de São Paulo, clube bolivariano do qual o senhor Garcia é sócio-fundador. Ele tem o título de Assessor Internacional da Presidência. De fato, é ele, e não a Presidente, quem conduz a diplomacia brasileira: daí a relevância do embuste", diz a nota do senador tucano.
"Garcia quer agora apresentar a oposição brasileira, e também setores da situação hostis ao bolivarianismo na versão venezuelana, como fomentadores dessa divisão por privilegiarem o diálogo com uma ala, a dos políticos encarcerados, em detrimento de outra, a do governador Capriles ainda em liberdade", completa.
O senador afirma ainda que a oposição venezuelana é composta de várias correntes com sensibilidades políticas diversas, o que seria natural em movimentos contrários a regimes autoritários. Ao final, Ferreira defende que a saída pacífica para a Venezuela seria a realização de eleições livres, acompanhadas por observadores isentos, a libertação dos presos políticos e o fim da repressão aos opositores e garantia de liberdade de expressão. "O governo brasileiro pode e deve exercer a liderança a que aspira se abandonar a atitude de cumplicidade covarde com que vem se conduzindo até agora na relação com o regime Maduro", conclui.