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Aliado de Marina se afasta da Rede após depredação do Itamaraty

Sociólogo Pedro Piccolo, membro da Executiva da sigla, foi identificado em fotos com uma barra nas mãos, mas nega que tenha cometido crime

Por Isadora Peron
Atualização:

O sociólogo Pedro Piccolo pediu afastamento da Executiva Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva trabalha para criar, depois de ter sido flagrado em vídeo e fotos segurando uma barra de ferro durante o protesto que terminou na depredação do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em 20 junho.Em nota divulgada nesta sexta-feira, 2, a Rede informou que Piccolo pediu para deixar o cargo de coordenador executivo da sigla "até que os fatos sejam esclarecidos".Piccolo foi chamado para depor na Polícia Civil do Distrito Federal no dia 25 de julho, pois foi identificado em fotos segurando uma barra de ferro nas mãos e cobrindo o rosto com uma camiseta da Rede. O caso agora está sob o comando da Polícia Federal, responsável por apurar o dano ao patrimônio da União.Na quarta-feira, 31, o sociólogo confirmou em sua página no Facebook que foi aos protestos e que, "com as emoções a flor da pele", tinha pressionado uma barra de ferro "contra diferentes pontos de uma estrutura também de ferro do próprio prédio (do Itamaraty)". Ele sustenta, no entanto, que não quebrou nada. Em seu relato, Piccolo se mostra arrependido, admite que cometeu "excessos" e pede desculpas por ter colocado em risco a imagem da Rede, que poderia ser acusada de incitar a violência durante os protesto. Em outra nota, divulgada na quarta-feira, a Rede informou que repudiava "todas as formas de violência" durante as manifestações e que a participação de membros da futura sigla nos protestos de junho foram "de caráter pessoal".Para lembrar. Na noite de 20 de junho, durante manifestação que reuniu cerca de 40 mil pessoas nas proximidades do Congresso Nacional, um grupo quebrou vidraças do Itamaraty, fez pichações e jogou coquetéis molotov contra o prédio onde funciona o Ministério das Relações Exteriores. O prejuízo foi de aproximadamente R$ 18 mil.

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