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Aliado de Cunha diz que será 'condutor exemplar' na CCJ

Peemedebista Osmar Serraglio foi eleito presidente da principal comissão temática da Casa, responsável por julgar recursos de Cunha contra processo por quebra de decoro

Por Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O peemedebista Osmar Serraglio (PR) foi eleito na tarde desta terça-feira, 3, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Ele disse que assume o cargo sem nenhum compromisso e que foi mal compreendido pela imprensa no caso do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)."O que posso afirmar que o Brasil pode esperar de mim é que teremos um condutor exemplar", destacou.

O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) Foto: Gustavo Lima/Divulgação

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Serraglio é aliado de Cunha e caberá à CCJ julgar os recursos do presidente da Câmara contra seu processo por quebra de decoro parlamentar em curso no Conselho de Ética. O novo presidente da CCJ indicou no discurso que deverá manter o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) como relator dos recursos do peemedebista. Serraglio disse que não se pode minimizar a "inteligência" da Casa, que se manifestará no plenário.

Ex-relator da CPI dos Correios em 2005 (que deu início às investigações do mensalão), Serraglio declarou ainda que sua história vai externar como irá proceder na CCJ.

Composição. O deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) - preferido do líder da bancada do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), para a presidência da comissão - ficou como primeiro-vice-presidente. 

Na eleição foram escolhidos outros vice-presidentes da CCJ. A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) foi eleita segunda-vice e o deputado Covatti Filho (PP-RS), o terceiro-vice. Não houve inscrição de candidaturas avulsas. Foram 43 votos a favor da chapa e sete votos em branco. Em um acordo entre os peemedebistas, Pacheco abriu mão da indicação e cedeu a vez para Serraglio. O deputado do Paraná era o candidato do grupo pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff e que se opôs à recondução de Picciani à liderança da bancada. Para emplacar Serraglio na CCJ, o grupo contrário a Picciani alegou que a indicação do deputado para presidir a comissão simbolizaria o primeiro passo para a unificação da bancada.

Serraglio agradeceu o desprendimento de Pacheco em ceder a indicação do PMDB a ele. Para Serraglio, o gesto foi importante para unir as forças antagônicas dentro da bancada. "No momento, há um prenúncio que a história se alterará na próxima semana e seria relevante que o partido não chegasse na próxima semana fracionado e dividido", afirmou. A CCJ é a principal comissão temática da Casa, onde é discutida a constitucionalidade das matérias em tramitação.