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Aliado de Ciro Gomes, Figueiredo é candidato da oposição

O deputado pedetista, porém, não conseguiu unificar os opositores do governo federal em torno de sua candidatura para a presidência da Câmara

Por Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - Candidato a presidente da Câmara da oposição, o deputado André Figueiredo (PDT-CE) disputará a o comando da Casa sem apoio integral dos opositores do governo federal. O pedetista, de 50 anos, não conseguiu unificar a oposição em torno de sua candidatura, que faz parte da articulação do PDT para pavimentar a pretensão do ex-ministro Ciro Gomes de disputar a Presidência da República em 2018.

O deputado federal AndréFigueiredo (PDT-CE) Foto: Rafael Almeida/PDT

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Figueiredo decidiu se lançar candidato ao comando da Câmara apostando que teria apoio integral de todos os cinco partidos da oposição: PT, PCdoB, PDT, PSOL e Rede, que, juntos, reúnem 100 deputados. O cálculo era de que, somados aos votos de outros parlamentares da base aliada “insatisfeitos”, conseguiria chegar a um eventual segundo turno da disputa. No fim, disputará com apoio apenas do PT e PDT.  O pedetista não conseguiu aglutinar o PCdoB, que formalizou apoio da maioria da bancada à reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Figueiredo encontrou resistências até mesmo na Rede e no PSOL, que lançou Luiza Erundina (SP) como candidata ao comando da Casa. "O PDT não apoiou o impeachment, mas não faz oposição cerrada a governo Temer", justificou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP). 

Deputados da oposição citam ainda que Figueiredo, que está no terceiro mandato de deputado federal, não é "100% confiável". Lembram que, quando líder do PDT, liderou movimento de “independência” do partido do governo Dilma. Para manter a legenda na base aliada, a petista o nomeou ministro das Comunicações, aumentando o espaço do PDT, que já comandava o Ministério do Trabalho.