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Alckmin: 'Por que não Tasso e Perillo participarem da direção'?

Governador de São Paulo sugeriu que senador e governador de Goiás poderiam dividir o comando do PSDB

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau e Marcelo Osakabe
Atualização:

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sugeriu nesta segunda-feira, 6, que o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de Goiás, Marconi Perillo, poderiam dividir o comando do partido. Ambos já declararam anteriormente interesse em ocupar o posto

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"Não tenho nenhuma pretensão de presidir o partido. Todo o esforço é para unir o PSDB. Por que os dois não participam da direção partidária?", afirmou após participar de cerimônia no Palácio dos Bandeirantes na qual foi assinado o compromisso de realização do Fórum Econômico Mundial para a América Latina na capital paulista, no ano que vem.

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O impasse sobre o novo presidente do PSDB e o temor de uma disputa fratricida na legenda levaram setores do partido a defender a candidatura de Alckmin ao comando do partido como uma terceira via. A proposta repetiria o que o PSDB fez em 2013, quando o senador Aécio Neves foi reeleito presidente da sigla antes de iniciar sua pré-campanha presidencial. O mesmo fez o ex-governador Eduardo Campos, que presidia o PSB quando entrou na campanha naquele ano.

Geraldo Alckmin participou de evento para assinatura do contrato de realização da versão latino-americana do Fórum Econômico Mundial, em São Paulo. O prefeito João Doria e a chefe do Fórum, Marisol Arguete, também participaram do encontro Foto: Werther Santana/Estadão

Questionado sobre o artigo no qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu o desembarque da sigla do governo do presidente Michel Temer, Alckmin disse que FHC defendeu apenas a posição do partido, a de que o compromisso é apenas com as reformas, e lembrou que a permanência da sigla na Esplanada dos Ministérios está vinculada à aprovação delas. "FHC age como estadista, sua palavra é sempre ouvida", acrescentou.

Alckmin também disse não ter conhecimento de nenhuma reação que o artigo do ex-presidente possa ter causado no governo. Interlocutores de Michel Temer relataram que ele teria ficado irritado com FHC, que estaria agindo com vistas às eleições de 2018. O presidente no entanto negou ter emitido qualquer opinião a respeito. "Presidente da República não fica irritado", afirmou.

Também presente ao evento, o prefeito João Doria evitou falar sobre o partido e sobre as eleições de 2018, delegando as perguntas a Alckmin. 

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