Atualizado às 19h09
INDAIATUBA - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi vaiado pela plateia nesta quarta-feira, 3, em evento para entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida com a presença da presidente Dilma Rousseff em Indaiatuba (SP).
Além de vaias, foram ouvidos gritos de "merenda" quando o governador foi chamado a entregar chaves de alguns imóveis aos beneficiados. Alguns membros do governo tucano, como os ex-chefes de gabinete da Casa Civil e da secretaria de Educação, além do presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), foram citados na operação Alba Branca, que investiga pagamento de propinas em contratos para fornecimento de suco de laranja para merendas.
Em seu discurso, Alckmin ignorou a questão e ressaltou a união do programa Casa Paulista com o MCMV. "É uma boa parceira com o governo federal e com os prefeitos da região", afirmou.
A cerimônia celebrou a entrega de 7.840 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida simultaneamente em nove cidades de cinco Estados. Foram beneficiadas 31 mil pessoas em Itu (SP), Indaiatuba (SP), Jundiaí (SP), Salvador (BA), Camaçari (BA), Luiz Eduardo Magalhães (BA), Caucaia (CE), Timon (MA) e Campo Mourão (PR).
Os empreendimentos são destinados a famílias com renda de até R$ 1,6 mil. Dilma destacou os investimentos em Indaiatuba, onde foram entregues 2.048 casas populares, com investimentos de R$ 194,9 milhões.
O presidente do PSDB paulista, deputado estadual Pedro Tobias, disse por meio de nota que protesto contra Alckmin é fruto de "indignação seletiva". O dirigente tucano lamentou também o fato de os manifestantes não manterem o mesmo nível de indignação diante das denúncias da Operação Lava Jato. Leia a íntegra da nota: "As vaias contra o governador Geraldo Alckmin, além de orquestradas, foram fruto da indignação seletiva dos petistas devido às suas últimas declarações envolvendo o ex-presidente Lula e sua relação com empreiteiras. Uma pena que eles não mantenham o mesmo grau de indignação quando o assunto é a roubalheira institucionalizada nos governos Lula e Dilma, os desmandos na Petrobras ou o mensalão. Neste caso, continuam chamando condenados de heróis do povo brasileiro."