Alckmin congela R$ 6,9 bilhões do orçamento do Estado em 2016

Bloqueio vai impactar investimentos do Estado, afirma secretário

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Por Redação
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O governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta sexta-feira o congelamento de R$ 6,9 bilhões d0 Orçamento referente ao ano de 2016. A decisão de bloquear os recursos foi motivada pela crise econômica que afeta o País e também pela queda de arrecadação de impostos. O congelamento corresponde a 3,3% do total previsto na peça orçamentária deste ano, cujo valor é de R$ 207,4 bilhões. As informações sobre o congelamento foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo e publicadas no Diário Oficial.

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O valor congelado anunciado pelo governo paulista neste ano é um pouco maior do que o contingenciamento anunciado no ano passado, cujo montante era de R$ 6,6 bilhões.

O secretário de Planejamento, Marcos Monteiro, disse ao Estado que o congelamento também vai atingir os investimentos do governo estadual – a previsão, segundo ele, é que o bloqueio seja da ordem de R$ 1,99 bilhão. No ano passado, o governo Geraldo Alckmin contingenciou R$ 1,88 bilhão na área de investimentos.

Congelamento corresponde a 3,3% do total previsto na peça orçamentária deste ano Foto: Du Amorin|Divulgação

Arrecadação. Monteiro disse que 2015 foi um ano “horroroso” para o governo em termos de arrecadação de impostos. Ele afirmou que houve uma queda de R$ 6,8 bilhões no recolhimento dos tributos. Para 2016, Monteiro informou que a previsão ainda é de queda – de acordo com o secretário, de cerca de R$ 4,3 bilhões.

"Foi horroroso (2015). Como foi no País inteiro", disse. Monteiro afirmou que 72% do que o Estado recebe é pelo recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O governo também vai realizar o congelamento de 25% em custeios de quase todas as secretarias da administração, exceto das de Educação, Segurança Pública e Desenvolvimento Social, nas quais a suspensão será de 10%. Esse mesmo índice será utilizado para o congelamento do montante destinado às universidades estaduais (USP, Unicamp e Unesp), à Fundação Casa e à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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