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Afif Domingos volta à Presidência do Sebrae

Com a reforma ministerial, Secretaria de Micro e Pequena empresa foi incorporada à Secretaria de Governo

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Por Murilo Rodrigues Alves
Atualização:

Brasília - O ex-ministro Guilherme Afif Domingos voltará a presidir o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), apurou o Broadcast. Ele substituirá Luiz Barretto, que estava à frente da entidade desde 2011. Em março deste ano, Barretto tinha sido reeleito para dirigir o Sebrae até 2019.

Guilherme Afif Domingos Foto: Dida Sampaio/Estadão

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A indicação ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Deliberativo Nacional, presidido por Robson Braga de Andrade, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na prática, o órgão só referenda o que o governo determina. Afif foi presidente do Sebrae na gestão 1990-1994.

Ao participar de um evento em Brasília nesta terça, a presidente Dilma Rousseff agradeceu o trabalho de Afif à frente da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e sinalizou que contaria ainda com a ajuda dele, a quem chamou de "amigo" e "batalhador". "Tenho certeza que essa saída vai representar uma volta por cima", afirmou. Sobre Afif, ela ainda disse: "É que eu gosto tanto dele que não queria que fosse ex-ministro". 

Afif perdeu o cargo de ministro com a reforma administrativa anunciada na semana passada: a Secretaria da Micro e Pequena Empresa foi incorporada à Secretaria de Governo, que também reúne atribuições de outros dois ministérios cortados. O ministro à frente da Secretaria de Governo é Ricardo Berzoini, ex-titular das Comunicações.

Barretto comunicou internamente a mudança os funcionários do Sebrae nesta terça-feira. Ele era indicação da senadora Marta Suplicy, que trocou o PT pelo PMDB. 

A troca ocorre no momento em que o governo propôs usar parte dos recursos do Sistema S, principal fonte de receitas do Sebrae, para a Previdência Social. A medida resultaria na perda de 30% da receita da entidade ou R$ 1 bilhão - a quase totalidade das receitas da entidade vem da contribuição cobrada das empresas que atuam no mercado formal e que estão fora do regime Simples. Barretto deu declarações afirmando que o uso desses recursos para a Previdência afetaria o atendimento do Sebrae.

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