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Afif acredita em aliança de centro para eleição presidencial

Pré-candidato do PSD participa de evento com outros presidenciáveis no Rio e defende escolha por 'potencial de votos'

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Por Roberta Pennafort e Renata Batista
Atualização:

RIO -  O pré-candidato do PSD à Presidência da República, Guilherme Afif Domingos, defendeu nesta terça-feira, 8, uma aliança de centro para as eleições de outubro, com base no potencial de votos de cada candidatura. “Confio no meu taco”, ele afirmou, ao falar sobre o apoio de seu partido a seu nome. Com outros dez presidenciáveis, Afif participou da 73ª Reunião Geral da Frente Nacional dos Prefeitos, realizada em Niterói, no Grande Rio.

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“Haverá um alinhamento prévio. Candidaturas serão aglutinados de acordo com o potencial de votos, e não a posição de pesquisas. Antes de 60 dias não tem como saber, cada dia é um fato novo”, disse Afif, quando questionado sobre as semelhanças das próximas eleições e o pleito de 1989, quando também houve grande número de candidatos.

Com a resistência da área econômica, parlamentares e o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos,negociaram a proposta com a área política do governo. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Afif defendeu a realização de um plebiscito para consultar a população sobre a reforma política e a instituição do voto distrital no País. Ele acredita ser uma forma de reverter a crise de representatividade política. “Sou a favor da convocação da Constituinte para que tenhamos um plebiscito para votar a reforma política e o voto distrital. Sem ele não vamos reverter o processo do centralismo. Eu vou até o distrital puro”, declarou.

“Defendo a ideia da eleição majoritária para representantes, até em dois turnos. Vão dizer que é transformar a Câmara Federal em vereadores. Mas isso é menosprezar o papel do município”, considera. O candidato citou as manifestações de rua de 2013 como momento-chave da crise política. Ele disse também que a população não gosta da ideia do Estado mínimo.

“Se não quebrarmos o centralismo não vamos resolver nenhum problema. A grande crise no Brasil é o distanciamento entre representantes e representados. Em 2013 o resumo foi ‘vocês não me representam’. Se não nos reconectarmos, não teremos solução”, declarou. “Esse negócio de Estado mínimo não pega bem com o povo. Ele quer o Estado forte, mas que venha ao encontro da demanda dele, a maior é igualdade de oportunidade, educação e saúde.”

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A reunião de prefeitos é o primeiro evento com múltiplos candidatos nesta fase de pré-campanha eleitoral. Os presidenciáveis falam separadamente, depois de assistirem a um vídeo onde são mencionadas propostas discutidas pelos prefeitos nos últimos dias.

Os primeiros foram Rodrigo Maia (DEM) e Geraldo Alckmin (PSDB). Também falarão Aldo Rebelo (SD), Álvaro Dias (PODE), Ciro Gomes (PDT), Guilherme BouKlos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Manuela D'Ávila (PCdoB), Marina Silva (REDE) e Paulo Rabello (PSC). O deputado Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu e não justificou a ausência, diante do questionamento do Estado.

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