Aécio rebate Dilma e diz que 'golpe' é constranger a ação das instituições

Presidente do PSDB rebateu declarações dadas a Dilma em entrevista na qual ela disse que não vai cair

PUBLICIDADE

Por Isadora Peron
Atualização:

BRASÍLIA - Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) classificou nesta terça-feira, 7, que o discurso do golpe assumido pela presidente Dilma Rousseff e outros petistas frente à ofensiva da oposição é uma estratégia para "constrangrer" a ação das instituições e da imprensa.

PUBLICIDADE

"O discurso golpista do PT tem claramente o objetivo de constranger e inibir instituições legítimas, que cumprem plenamente seu papel", afirmou em nota. 

Segundo ele, o PT classifica como "golpe" as denúncias que estão sendo apuradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assim como as investigações em curso pela Polícia Federal e o Ministério Público. "Tudo que contraria o PT, e os interesses do PT, é golpe", afirmou.

Principal nome da oposição, Aécio disse que os partidos "continuarão atentos" aos desdobramentos dos casos para garantir a "autonomia e independência das instituições brasileiras".

Conforme mostrou o Estado, Dilma afirmou a aliados que vai defender "com unhas e dentes" o seu mandato e classificou como "golpista" a ofensiva da oposição para que ela saísse do poder. Em entrevista publicada nesta terça pelo jornal Folha de S.Paulo, Dilma lembrou a época que foi torturada na ditadura e afirmou que não iria "cair". 

A oposição mira em pelo menos três caminhos para Dilma do Palácio do Planalto. A principal aposta é cassar a chapa dela e do seu vice-presidente Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que investiga a suspeita de financiamento ilegal da dupla em razão da Operação Lava Jato. O segundo cenário é via Tribunal de Contas da União (TCU), que pode reprovar as contas do governo de 2014 de Dilma, o que pode culminar num processo de impeachment. O grupo de opositores também apresentou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) em que pede que a presidente explique as declarações do dono da UTC, Ricardo Pessoa. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.