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Advogados dos EUA entram com segunda ação contra a Petrobrás em dois dias

O Rosen Law também alega que a estatal brasileira divulgou informações financeiras enganosas e falsas para seus investidores

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:

Nova York - O escritório de advocacia americano Rosen Law Firm anunciou nesta terça-feira, 9, que também entrou com uma ação coletiva contra a Petrobrás para recuperar perdas de investidores que aplicaram em American Depositary Receitps (ADRs), que representam ações da companhias brasileira e são listados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), entre 20 de maio de 2010 e 21 de novembro. É o segundo escritório dos Estados Unidos em dois dias procurar a Justiça contra a estatal petrolífera brasileira.

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A alegação do Rosen Law é semelhante à de outro escritório, o Wolf Popper, que entrou com ação coletiva em uma Corte de Nova York nesta segunda. Em comunicado, o escritório alega que a Petrobras divulgou informações financeiras enganosas e falsas para seus investidores, deixando de obedecer as leis do mercado de capitais dos EUA. Os investidores interessados em participar da ação coletiva têm até o dia 6 de fevereiro de 2015 para se manifestar.

"A Petrobrás falhou em divulgar um alto nível de corrupção na empresa, incluindo um multibilionário esquema de corrupção e lavagem de dinheiro", destaca o comunicado do Rosen Law, que tem sede em Nova York. Assim como na primeira ação, a empresa brasileira é acusada de superfaturar o valor de propriedades e equipamentos em seu balanço por conta do pagamento de propina a terceiros.

O escritório cita ainda a prisão recente de ex-executivos importantes da Petrobrás e a possibilidade de que a empresa tenha que fazer ajustes em seu balanço para reconhecer o valor inflado de contratos de construção. O documento destaca que, por conta da divulgação das denúncias de corrupção na petroleira, os ADRs tiveram queda de 46% na NYSE desde setembro, o que prejudicou os investidores. 

 

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