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Advogado nega que Delúbio tenha regalias na prisão

Diretor do Centro de Progressão Penitenciária, onde o ex-tesoureiro do PT cumpre pena, foi exonerado nesta quarta após denuncia de supostos benefícios ao petista

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Por Redação
Atualização:

Brasília - O advogado do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares negou que seu cliente tenha tido regalias no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em Brasília, onde cumpre pena em regime semiaberto. Arnaldo Malheiros falou em "fantasia" ao se referir às denúncias de que Delúbio teria comido uma feijoada na prisão. Malheiros falou antes de entrar no Supremo Tribunal Federal, onde acompanha um das últimas sessões da ação penal 470.

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Na terça, o Ministério Público do Distrito Federal pediu à Vara de Execuções Penais do DF que cobrasse providências ao governador Agnelo Queiroz (PT-DF) sobre supostos benefícios dados aos condenados no mensalão. Nesta quarta, foi publicada no Diário Oficial a exoneração do diretor do CPP, Afonso Emílio Alvares Dourado. O motivo da demissão não foi revelado.

"Não têm sido dadas regalias. Isso é uma fantasia. De fato, os colegas dele de cela compraram na cantina uma costela de porco em lata e misturaram com a xepa", disse Malheiros. O advogado informou ainda que Delúbio obedeceu às ordens do centro e raspou a barba.

Sobre a acusação de que o ex-tesoureiro do PT teria se encontrado no presídio com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Malheiros afirmou que faz parte da rotina do dirigente visitar o CPP. "Obviamente passou pela cela dele e deu um oi, só, não tiveram conversa. Até porque ele pode atender esse presidente do sindicato na CUT, que é o trabalho dele", disse.

Para o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, qualquer tipo de desigualdade de tratamento gera um problema de disciplina nos centros carcerários. "A penitenciária é uma panela de pressão. Quando há tratamento preferencial quanto a certos reeducandos, os demais, que não têm o mesmo tratamento, ficam inconformados. Isso gera toda forma de rebelião interna", disse.

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