Ação contra 'Mais Roubos' mostra que Alckmin se incomodou, diz Padilha

Nesta quarta, o TRE-SP concedeu liminar para suspender imediatamente propaganda de TV do petista. Campanha vai recorrer

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Por Carla Araujo
Atualização:

O candidato ao governo do PT, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira, 28, que sua campanha vai recorrer da decisão que o proibiu de afirmar que o atual governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), criou o "Mais Roubos". "Parece que incomodou o atual governador porque no dia que falamos do Mais Médicos (saiu o dado que) mostrou que em 14 meses seguidos o número de roubo de São Paulo cresceu", disse Padilha, após caminhada na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital. Nesta quarta-feira, 27, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concedeu liminar para suspender imediatamente propaganda na televisão de Padilha na qual ele fala que o governo criou o "Mais Roubos". Na avaliação do Tribunal Eleitoral, a propaganda "sugere que o governo do Estado, em contraposição a programa federal para extensão do atendimento médico básico, teria desenvolvido outro, de estímulo à criminalidade". Padilha disse que estuda possíveis ajustes na campanha para manter as críticas ao atual governo e que vai recorrer da decisão. "Isso é uma questão da Justiça. Nossa campanha vai fazer os ajustes necessários. Vamos sempre tratar disso na Justiça, (a campanha) vai recorrer."

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Apesar de reconhecer que deve fazer ajustes em seu discurso, Padilha disse que a estratégia principal da campanha não sofrerá alterações. "A estratégia continua exatamente a mesma de fazer agenda diárias temáticas. Hoje era de habitação", disse.

Médicos especialistas. O candidato comentou ainda a proposta apresentada pela presidente Dilma Rousseff de fazer a segunda etapa do programa Mais Médicos, com a inclusão de profissionais especialistas. "Eu apresentei essa proposta e a presidente viu que há a mesma necessidade para o Brasil. Quando criei o Mais Médicos tinha dito que era o primeiro passo de uma grande transformação na saúde do País. O próximo passo é o Mais Médicos especialistas", afirmou, destacando que é possível abrir 3 mil vagas para médicos especialistas no Estado. Segundo ele, o objetivo não é trazer médicos estrangeiros e sim fazer parcerias com médicos especialistas que já atuam no Estado, incluindo os que estão nas clínicas privadas. "A mesma parceria que fiz com a farmácia popular que aumentou o remédio de graça eu farei o mesmo com as clínicas privadas", prometeu. Caminhada. Padilha visitou nesta quinta-feira a comunidade de Paraisópolis, que é uma das maiores favelas da cidade, com cerca de 140 mil pessoas. Ele andou pelas vielas e viu obras de pavimentação que estão sendo realizadas no local. O candidato entrou em casas e no comércio local, acompanhado de um pequeno grupo de militantes. Uma Kombi de candidatos a deputado federal Gilson Rodrigues e Miguel Manso, ambos do Partido Pátria Livre (PPL), em um dos momentos do percurso tentou impedir a passagem dos petistas e "disputou" o som local, com mensagens contra o partido e o candidato. A Kombi tinha adesivos também da candidata à Presidência Marina Silva (PSB). Por conta do imprevisto, Padilha alterou a rota, mas não conseguiu evitar o bate boca entre militantes. 

Padilha seguiu depois para o Vale do Paraíba, onde se encontrou com Lula.

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