PUBLICIDADE

A corrupção no Distrito Federal ponto-a-ponto

O esquema de corrupção descoberto no final de 2009 deve ser denunciado em breve pelo Ministério Público. Veja os principais pontos do escândalo:

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Durval

PUBLICIDADE

- Entre julho e agosto de 2009, o secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, mediante acordo de delação premiada, relata detalhes do esquema de corrupção que ele operava no governo do DF. Faz isso em depoimentos a procuradores do Núcleo de Combate as Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

 

A operação - Em 27 de novembro de 2009, a Polícia Federal desencadeia a operação Caixa de Pandora. 30 vídeos gravados por Barbosa são divulgados na imprensa. Em uma das fitas, o governador José Roberto Arruda aparece recebendo R$ 50 mil de Barbosa. Ele alega que o dinheiro teria sido utilizado na compra de panetones para distribuição junto à população mais pobre.

 

Arruda é preso - Em 11 de fevereiro de 2010, Arruda é preso junto com outras quatro pessoas, acusado de obstrução de provas e tentativa de suborno ao jornalista Edson Sombra, testemunha chave do inquérito. Em 17 de março, ele é cassado pelo TRE e decide não recorrer, perdendo o mandato em definitivo.

 

Envolvidos - Em 9 de agosto de 2010, relatório final da PF entregue ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) define as condutas criminais de cinco empresas e 14 autoridades, entre as quais Arruda, secretários do seu governo, quatro parlamentares e um conselheiro do Tribunal de Cotas do DF. O MP estuda ampliar o rol de acusados.

 

R$ 4 bi em contratos - CPI realizada pela Câmara Distrital do DF apura que, entre os anos de 2000 e 2010, saíram dos cofres do GDF cerca de R$ 4,2 bilhões em contratos com empresas diretamente ligadas ao esquema de pagamento de propina para abastecer o chamado mensalão do DEM. Quatro deputados envolvidos perdem o mandato, mas outros 15 citados acabam escapando. Alguns se reelegeram.

 

Acusação - Os membros do grupo são acusados de praticar fraude em licitações públicas e superfaturamento de preços, para extrair daí propinas destinadas a gastos pessoais, enriquecimento ilícito, financiamento de campanhas e aliciamento de parlamentares na Câmara Distrital.

Publicidade

 

Os crimes - Os crimes investigados pelo inquérito 650, que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ) incluem formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, fraudes contra o sistema financeiro, além de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.