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Vice-presidência da comissão fica com aliados

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Por BRASÍLIA
Atualização:

Nove reuniões após criada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira escolheu ontem o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) para a vice-presidência. Assim, os cargos-chave da comissão ficam nas mãos de parlamentares aliados do Planalto. Além disso, como forma de controlar as investigações, o comando da CPI voltou a negar a criação de sub-relatorias, que poderiam abrir novos flancos de investigação. A oposição ainda tentou reagir e lançou o senador Pedro Taques (PDT-MT), apontado como um dos "independentes" da CPI. Ele obteve apenas 8 votos, ante 21 de Teixeira. Na votação secreta, dois parlamentares anularam o voto. Controle. Com a eleição de Teixeira para a vice da CPI, petistas querem ter controle maior sobre a comissão. Eles consideram o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), "muito independente". Alegam que Rêgo, em várias ocasiões, adota decisões à revelia de Cunha. Foi assim na semana passada, quando pôs em votação requerimento para transformar a sessão em administrativa, apesar de ter acertado previamente que a reunião seria apenas para ouvir depoimentos de três integrantes da quadrilha do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Antes da instalação da CPI, Paulo Teixeira foi cotado para ser relator. Ex-líder do PT e com traquejo em negociações, Teixeira era considerado por seus companheiros como dono do perfil ideal para assumir a relatoria. Não assumiu, mas, aos poucos, se transformou no braço direito de Cunha. O petista mineiro recorre constantemente ao deputado paulista. Cabe a Teixeira sair em defesa de Cunha todas as vezes em que a oposição ataca o relator. Ao lado do ex-líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP), Teixeira forma a dupla de petistas responsáveis pelas negociações e acordos feitos na CPI.

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