Titulares da Fazenda e da Justiça são escalados para rebater de tucanos

Cardozo afirma que Aécio Neves está ‘desinformado’ sobre segurança pública; Guido Mantega mira em Arminio Fraga

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Por Tania Monteiro e João Villaverde
Atualização:

BRASÍLIA - Seguindo a estratégia adotada pelo governo de não deixar os ataques da oposição sem resposta, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardoso, e da Fazenda, Guido Mantega, rebateram nesta quinta-feira, 28, declarações de tucanos. Cardozo rebateu as declarações do candidato do PSDB, Aécio Neves, que prometeu criar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

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“O senador está profundamente desinformado em relação às questões de segurança pública. Mudança de nome não muda conteúdo. O Ministério da Justiça hoje, na prática, já atua na área da segurança pública”, declarou Cardozo . Para o ministro, o assunto teria sido debatido com Aécio caso o senador estivesse presente às sessões sobre o assunto no Senado. 

Já Mantega, por sua vez, rebateu de forma firme os adversários ao comentar que “tem gente” que diz que vai mudar o rumo atual da economia. “Isso é motivo de grande preocupação”, afirmou. Em seguida, destacou que o atual governo cumpriu o tripé econômico “mais do que outros”. “Tem um candidato aí que era presidente do Banco Central e não entregou a meta de inflação”, afirmou, em uma clara alusão à campanha de Aécio Neves, que anunciou que, se ganhar, terá Armínio Fraga como ministro da Fazenda. 

O ministro Cardozo respondeu ainda à acusação de Aécio de que a Polícia Federal “tem o menor orçamento desde 2009”, rebatendo que, na verdade, houve “20% de aumento na execução do orçamento da Polícia Federal de 2009 para cá”. Segundo o ministro, a previsão de execução orçamentária para 2014 é de R$ 5,01 bilhões, contra R$ 4,88 bilhões em 2013, R$ 4,61 bilhões, em 2012, R$ 4,52 em 2011, R$ 4,44, em 2010 e R$ 4,15, em 2009. 

Em relação às afirmações de Aécio de que apenas 10% do Fundo Penitenciário Nacional (Funpem) foi executado pelo governo, o ministro reagiu dizendo que ele está “mal informado”. Segundo Cardozo, de 1995 a 2002, período do governo Fernando Henrique, 51,7% dos recursos do fundo foram executados, em média. No governo Lula, a execução média subiu para 59,3% e, no Dilma, 60,56%. / COLABOROU CÉLIA FROUFE, LAÍS ALEGRETTI e ADRIANA FERNANDES 

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