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Responsável por marketing de Dilma vai processar cineasta

Publicitário João Santana diz que Fernando Meirelles 'ultrapassou o limite' ao compará-lo com nazista Joseph Gobbels

Por Ricardo Galhardo
Atualização:
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o cineasta reproduziu uma frase que disse ter lido e que compara o marqueteiro do PT ao ministro nazista Foto: José Patrício/Estadão

 O publicitário João Santana, responsável pelo marketing da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, decidiu processar o cineasta Fernando Meirelles. Segundo pessoas próximas do publicitário, Meirelles "ultrapassou o limite" ao compará-lo a Joseph Goebbels (1897-1945) ministro da Propaganda de Adolph Hitler.

Segundo o advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva, Santana fez uma consulta sobre a possibilidade de um processo contra o diretor de "Cidade de Deus". "O João me consultou por telefone. Estou analisando o material e a decisão final cabe a ele", disse o advogado. A decisão de acionar Meirelles na Justiça, no entanto, já está tomada, de acordo com interlocutores de Santana. Conforme Thomaz Bastos, existem as possibilidades de ações por danos morais e materiais contra Meirelles. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o cineasta reproduziu uma frase que disse ter lido e que compara o marqueteiro do PT ao ministro nazista. "Dilma prometeu que faria o diabo na campanha e ao menos esta promessa está cumprindo. Até amigos petistas se dizem constrangidos com a truculência desleal. Outro dia li uma frase que resume bem esta campanha do PT: 'Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade', a frase vinha assinada por João 'Goebbels' Santana. Foi na mosca, é exatamente dali que vem a inspiração do marqueteiro-mor. Como se pode votar numa candidata cujo principal colaborador é um marqueteiro que lhe aconselha a mentir e ela obedece?", questiona o cineasta. A entrevista foi reproduzida na página principal da O2, produtora de filmes pertencente a Meirelles. Sobre o assunto o cineasta afirmou que: "Eu apenas comentei uma mensagem que recebi, de um amigo, que achei espirituosa. Não fui eu quem inventei a frase e seu conteúdo", justificou. Meirelles apoia a candidata do PSB, Marina Silva, para o cargo de presidente da República.

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