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Quem não for para o segundo turno vai ser procurado, afirma vice de Dilma

Michel Temer (PMDB) acredita em vitória no primeiro turno, mas anuncia que vai dialogar com o adversário que ficar de fora; gesto se estenderá ao tucano Aécio Neves

Foto do author Fabiana Cambricoli
Por Ricardo Leopoldo e Fabiana Cambricoli
Atualização:

SÃO PAULO - O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou que acredita na vitória da presidente Dilma Rousseff (PT) no 1º turno. Contudo, destacou que se houver 2º turno, deverá ser procurado o candidato que não for para essa segunda etapa, o que poderia incluir também o senador Aécio Neves (PSDB). "(Aécio) poderá ser procurado, depende de conversações. Achamos que vamos vencer no 1º turno, mas evidentemente quem não for para o segundo turno será procurado".

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Temer votou por volta das 10h30 na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), em Perdizes, zona oeste de São Paulo, acompanhado da mulher, do filho e dos aliados Paulo Skaf, candidato ao governo de São Paulo, e Gilberto Kassab, que disputa uma vaga no Senado.

"Política se faz dessa maneira: diálogo, diálogo e mais diálogo", acrescentou Temer. O vice-presidente mostrou deferência aos dois principais candidatos da oposição, Aécio e Marina Silva (PSB). "Nós respeitamos eles". Ele manifestou que não tem preferência para uma disputa do 2º turno entre um dos dois candidatos. "Não há preferência. São respeitáveis. Mas esperamos que tudo se resolva hoje".

O vice-presidente afirmou que são os eleitores indecisos que poderão garantir a vitória de Dilma ainda na primeira etapa. "Quem está indeciso tende a votar em quem está no poder. Esperamos que eles decidam pela Dilma". Em um eventual segundo mandato, ele afirmou que haverá mudanças. "Governo novo, equipe nova", afirmou. Ele ressaltou que, a partir de 2015, o governo aproveitaria diversas experiências bem-sucedidas na administração federal, mas que "há muito o que melhorar" e tais mudanças serão adotadas com uma nova equipe.

Ao sair do local de votação, alguns poucos eleitores protestaram contra Temer e Kassab. O vice-presidente ouviu gritos de "Fora PT, ladrão", em referência ao partido de sua aliada na chapa. Temer seguiria para Brasília para acompanhar a apuração ao lado de Dilma. 

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