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PT perde em todas as esferas em São Paulo

Com resultado nas urnas em 2014, partido tem uma redução drástica nas bancadas estadual e federal

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Por Ricardo Galhardo e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

A derrota de Alexandre Padilha para o governo de São Paulo é só a ponta do iceberg do da derrota sofrida pelo PT no estado onde o partido foi fundado e tem suas maiores lideranças. Além de não alcançar patamar mínimo do partido na eleição para governador, o partido também perdeu a cadeira que mantinha há 24 anos no Senado, contabiliza redução drástica nas bancadas estadual e federal. Mais o que mais preocupa o partido é a derrota da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição no e o maior colégio eleitoral do país. Apesar de ter concentrado a campanha em São Paulo na reta final e do empenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em tentar alavancar as candidaturas do PT no Estado, Dilma teve apenas 25% dos votos dos paulistas contra 44% do tucano Aécio Neves. A presidente ficou à frente de Marina Silva, do PSB, por uma diferença de menos de 1 ponto percentual - aproximadamente 170 mil votos. Ainda contabilizando os resultados, logo após a apuração final, o presidente do diretório estadual do partido, Emídio de Souza, não encontrava respostas para o baixo desempenho do partido nas urnas paulistas. E não quis sequer comentar. Pelos cálculos preliminares, a bancada do PT na Câmara federal deve cair de 14 para no máximo 10 deputados. NA Assembleia Legislativa o estrago deve ser ainda maior. Dirigentes petistas calculavam ontem que a bancada de parlamentares deve cair de 24 para 14. O petista mais bem votado para a Assembleia é Ênio Tatto, que ocupa o 32º lugar entre os mais votados, com 108 mil votos. Entre os federais, o PT tem apenas um entre os 20 mais votados no Estado. O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanches teve 169 mil votos e ficou em 20º lugar no estado. Emídio não foi o único que não encontrou respostas para o fiasco. Nenhum petista se arriscou a explicar os motivos do mal desempenho e preferiram questionar a eficácia das pesquisas de opinião. Na véspera da eleição, as pesquisas de intenções de votos apontavam que Padilha tinha no máximo 13% dos votos válidos. O petista obteve mais de 18%. Segundo o ex-ministro, o PT este ano enfrentou um cenário adverso em São Paulo, por diversos motivos. “O PT vai avaliar nas próximas semanas quais foram estes motivos, mas o principal nas próximas semanas é se concentrar para o debate nacional”, disse. As pesquisas qualitativas feitas durante a corrida eleitoral apontam três fatores primordiais para o aumento da rejeição dos paulistas ao PT. Pela ordem, seria a baixa avaliação do governo Dilma, na presidência e Haddad na prefeitura de São Paulo, e os escândalos de corrupção, em especial o mensalão, que culminou com a prisão de militantes históricos do partido em São Paulo.

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