O PSDB informou nesta quinta-feira, 2, em Belo Horizonte, as cinco suspeitas que faz contra as campanhas de Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, e do ex-ministro Fernando Pimentel, que disputa o governo de Minas, no caso envolvendo os Correios. Todas são de uso da máquina pública para beneficiar os dois petistas, que lideram as pesquisas de intenções de voto.
No pedido de investigação à Justiça Eleitoral são apresentadas suspeitas de abuso de poder político e econômico pelo PT; de que houve o envio pelos Correios de 4,8 milhões de correspondências de candidatos do PT sem a devida chancela, como mostrou o Estado; de que os Correios deixaram de entregar propagandas eleitorais do presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e do candidato tucano ao governo mineiro, Pimenta da Veiga; de impedir o exercício de propaganda; e de uso de estruturas estatais em benefício do partido.
Para o coordenador jurídico da candidatura de Aécio, deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), caso as denúncias sejam comprovadas, causaram “desequilíbrio” na disputa. Segundo Sampaio, dois lotes que somam 11,4 milhões de correspondências deixaram de ser entregues pelos Correios.
No Rio, Aécio disse que o PSDB enviou propaganda para todos os domicílios de algumas cidades e que nenhuma dessas correspondências chegou aos eleitores. Ele não citou os municípios. “O PT ultrapassou todos os limites no uso do Estado para seu próprio projeto de poder. Aconteceu com a Petrobrás, com os Correios. Onde vamos parar? O PSDB está entrando no TSE com uma denúncia de abuso de poder político e também com uma ação criminal, com base no Código Penal, por inutilização e descarte de material de campanha”, afirmou.
Para o tucano, a declaração do deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) de que o bom desempenho da presidente em Minas “tem dedo forte dos petistas dos Correios”, revelada pelo Estado, é o reconhecimento público do uso do aparato estatal em benefício da campanha à reeleição de Dilma.
Em São Paulo, onde participou de ato da campanha do candidato do PT ao governo, Alexandre Padilha, o ex-presidente Lula disse que o caso é “bobagem”. “Sabe o que acontece em época de eleição, cada um fica procurando 30 segundos de glória. O Aécio que mande carta.”
