PUBLICIDADE

PSDB menciona déficit recorde de agosto para afirmar que Dilma está 'quebrando' o País

Afirmação ocorre um dia após o governo divulgar dados econômicos

Por Ricardo Brito
Atualização:

Um dia após o governo ter divulgado um déficit recorde nas contas públicas em agosto, o PSDB publicou um artigo nesta quarta-feira, 1, em que diz que o governo Dilma Rousseff está "quebrando" o País. 

PUBLICIDADE

"As contas públicas do país estão em frangalhos. Há tempos não se via tamanha irresponsabilidade no trato do dinheiro que o cidadão paga em tributos e espera ver devolvido na forma de prestação de melhores serviços", afirma a análise divulgada esta manhã do Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política dos tucanos. Ontem, o instituto também divulgou análise sobre a reação do mercado financeiro diante da possibilidade de reeleição da presidente, afirmando que "quem cuida do dinheiro prefere não correr o 'risco Dilma'".

Intitulado "Quebrando o país", o texto de hoje ironiza o fato de que "quem está raspando o cofre ainda quer o voto dos brasileiros para se manter no posto por mais quatro anos". "A pergunta que cabe é: para quê? Sejamos francos: o país não aguenta", critica. A análise ainda diz que a situação das contas públicas lembra, com adaptações, episódios tristes da política. "É mais ou menos como se Dilma Rousseff dissesse: 'Eu quebro o país, mas eu me reelejo'".

O artigo menciona o fato de que as contas do governo, incluindo Estados e municípios, tiveram o pior resultado para o mês de agosto e também, de forma inédita, o governo gastou mais do que arrecadou por quatro meses seguidos. A publicação diz ainda que na média do ano as despesas cresceram o dobro das receitas e, só com o custeio, o aumento foi de 21% até agosto. "Assim tem sido já há bastante tempo. O rombo atual equivale a 4% do PIB. É dinheiro que daria para multiplicar o Bolsa Família por oito ou o suficiente para passar a pagar o benefício a simplesmente todas as famílias brasileiras", critica.

O texto sustenta que, "sem muita surpresa", o governo não vai cumprir a meta de economia para este ano - o superávit primário. Diz que, passados oito meses, apenas 10% da meta do superávit foi cumprida, sendo que, destacou, "mesmo com a equipe de Dilma tendo sangrado todas as fontes possíveis e feito todas as maquiagens imagináveis".

"A meta de poupar para reduzir a dívida e diminuir a despesa do governo com o pornográfico pagamento de juros foi para o vinagre. Nenhuma novidade num governo que se especializou em não fazer o diz, em não cumprir o que promete", afirma.

O texto diz que o "fracasso amplo, geral e irrestrito" da atual gestão na economia combina muito bem com a candidata-presidente. Para os tucanos, Dilma sempre se considerou ela própria a ministra da Fazenda - a ponto de manter hoje no cargo um ministro demitido com quatro meses de antecedência, numa referência a Guido Mantega.

Publicidade

O artigo avalia que, assim como em outras áreas que Dilma era apresentada como especialista, como a energia, a presidente "produziu um descalabro sem precedentes na nossa história recente", com um país que cresce menos que qualquer outro na vizinhança e cujas contas estão em pandarecos.

"A realidade é que, mesmo com tanta coisa ruim à vista, nem dá para saber integralmente o tamanho da encrenca. A situação do país pode ser bem pior, dada a notória desonestidade petista", afirma. "Para complicar, quem cuida do caixa em Brasília acha que sequer problema há. Não existe hipótese de que consigam nos tirar do buraco em que nos meteram. Não há dúvida: o melhor lugar para esta gente é bem longe do cofre", finaliza o texto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.