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Primeiro turno foi totalmente desnivelado, afirma vice de Marina

Para Beto Albuquerque (PSB), pouco tempo de TV e onda de mentiras impediu o partido de promover o debate como gostaria

Por Gabriela Lara
Atualização:

PORTO ALEGRE - O deputado federal Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (PSB), destacou que há pouco que, por causa do pouco tempo de TV, a campanha do seu partido foi bastante difícil. Ele ainda atacou as outras duas campanhas, a quem acusou de criar uma "onda de mentiras e calúnias". "Nós vivemos uma campanha adversa", afirmou ao sair de seu local de votação, na zona sul da capital gaúcha.

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Beto lembrou que o PSB teve de repensar toda a campanha após a morte de Eduardo Campos, que era o candidato do partido à Presidência no início da disputa. "Temos só dois minutos de televisão contra muito dinheiro, muita grana do outro lado, e conseguimos chegar vivos na reta final, empatados, disputando ainda para passar ao segundo turno", avaliou. "Nós já nos consideramos muito vitoriosos e temos convicção de que o desejo de mudar do Brasil é muito grande e que a candidatura que é capaz de derrotar o governo atual é a candidatura da Marina no segundo turno."

Ele disse que o primeiro turno da eleição foi "totalmente desnivelado" e não permitiu ao PSB promover o debate sobre o Brasil da forma como gostaria, algo que a legenda pretende fazer se chegar ao segundo turno. "Houve uma onda de mentiras, de calúnias e de fofocas contra a candidatura da Marina, produzida pelo PT, que parece ter aprendido a lição com o (Fernando) Collor, porque o Collor ganhou do PT mentindo, e o PT mentiu muito nesta eleição, inventou histórias, espalhou boatos", afirmou.

Perguntado sobre o baixo desempenho de Marina nas pesquisas de intenção de votos no Rio Grande do Sul, Beto disse que é preciso esperar os resultados e que confia no povo gaúcho. "É um povo que não compactua com corrupção. Se tem uma coisa que é uma marca do governo atual é corrupção", falou.

Na chegada, houve uma pequena confusão pois o número da zona eleitoral que constava no título de Beto não conferia com o local da votação. O candidato pensou que talvez tivesse havido uma troca, e criticou a suposta falta de organização da Justiça Eleitoral. Ele ainda brincou com jornalistas, dizendo que Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) teriam mudado sua zona eleitoral para que ele não pudesse votar. 

Depois de alguns minutos, no entanto, o mal-entendido foi esclarecido, e Beto votou ao lado da mulher, Daniela, e dos filhos Luca e Nina. Também estavam presentes o candidato ao governo gaúcho pelo PMDB, José Ivo Sartori, e o senador Pedro Simon, que concorre à reeleição, também pelo PMDB, aliado do PSB no Rio Grande do Sul.

Beto acompanhará o voto de Sartori em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, no início da tarde, e depois seguirá para São Paulo com a família, para esperar a apuração dos resultados ao lado de Marina Silva.

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