PUBLICIDADE

Pezão pede a Temer e PT 'neutralidade' do partido no Rio

Vice na chapa de Dilma Rousseff diz que presidente tem 'o maior apreço pessoal e político' pelo candidato ao governo do RJ

PUBLICIDADE

Por Felipe Werneck
Atualização:

O governador do Rio e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão, (PMDB) reuniu-se na noite desta segunda-feira com o vice-presidente da República, Michel Temer, candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, e outros integrantes do PMDB para pedir ao PT "neutralidade" no Rio. O encontro ocorreu no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras (zona sul). Pezão vai disputar o segundo turno com o senador e ex-ministro da Pesca Marcelo Crivella (PRB). "A tendência talvez seja (Dilma) não subir no palanque de ninguém. Mas isso é algo que ainda não está decidido", disse Temer, em entrevista aos jornalistas no Palácio, ao lado de Pezão, do prefeito Eduardo Paes e do ministro Moreira Franco, entre outros peemedebistas. O vice-presidente afirmou que Dilma tem "o maior apreço pessoal e político" por Pezão e lembrou que, ao longo do primeiro turno, ela "fez os melhores gestos em direção" à candidatura do atual governador. "Crivella também foi ministro e naturalmente apoia a Dilma, mas posso assegurar que o PT nacional tem muita simpatia pela candidatura do Pezão", acrescentou Temer. Sobre a disputa nacional, o vice-presidente disse que a candidatura de Aécio Neves (PSDB) é "respeitável", mas afirmou que Dilma teve "índice bastante significativo e, se parte do eleitorado que votou em Marina (Silva, do PSB) votar na Dilma, isso ajuda a vencer as eleições". Apesar do pedido dos peemedebistas do Rio, o PT deve anunciar na próxima quarta-feira (08) apoio a Crivella, segundo afirmou hoje o presidente estadual do partido, Washington Quaquá. "Já vínhamos conversando com o PRB sobre apoio mútuo no segundo turno. O PT do Rio apoia Crivella, vamos para a rua e vamos nos incorporar à coordenação de campanha. Temos o problema de que uma minoria apoia o governador Pezão, já desde o primeiro turno, e estamos discutindo com a direção nacional como isso será tratado. Mas haverá tolerância com esse pessoal", disse Quaquá. Em outra entrevista concedida hoje, Pezão contou ter ligado pela manhã para o candidato petista derrotado ao governo do Rio, Lindberg Farias, para pedir seu apoio, e ter ouvido que o partido provavelmente vai aderir a seu adversário. Mas Pezão acredita que, mesmo se não tiver o apoio formal do PT, terá o auxílio de prefeitos petistas. Ele afirmou ter o apoio de "dez dos 11 prefeitos do PT" no Estado. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.