PUBLICIDADE

Petista falta a debate em MG e é alvo de ataques

Líder nas pesquisas ao governo mineiro, Fernando Pimentel alegou uma faringite para não comparecer a encontro tenso na TV

Por RENE MOREIRA
Atualização:

O candidato do PT ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), foi o principal alvo de ataques dos adversários no debate organizado pelo SBT, na noite desta terça-feira, 23, em Belo Horizonte. Alegando uma faringite, ele faltou ao encontro. Foi o segundo debate seguido na televisão que o petista, líder nas pesquisas, deixou de comparecer. A ausência foi objeto de críticas dos concorrentes, principalmente Pimenta da Veiga (PSDB), o segundo colocado.

PUBLICIDADE

O debate foi tenso com acusações direcionadas ao faltoso e pouca cordialidade entre os presentes. Além do tucano, compareceram Fidélis Alcântara (PSOL) e Tarcísio Delgado (PSB).

Pimentel havia confirmado presença, mas cancelou faltando 30 minutos para o início. Simpatizantes de sua candidatura que não sabiam da ausência compareceram na porta da emissora de TV com faixas e bandeiras. Eleitores dos outros candidatos também tinham suas torcidas no local, mas não houve confronto, apenas muita provocação.

"Ele foge...tenho acusações a fazer frente a frente", disparou Pimenta da Veiga, que no decorrer do debate fez várias críticas ao concorrente. "Com todo respeito aos outros candidatos, a campanha está polarizada entre a nossa candidatura e a candidatura do PT...", avaliou o tucano. "Minas vai ter de escolher... Ele (Pimentel) deixou a ética de lado. Abandonou a verdade. Está usando como arma apenas a mentira".

Pesquisa Ibope encomendada pela TV Globo, divulgada nessa terça, 23, apontou Fernando Pimentel liderando a corrida eleitoral com 44% das intenções de voto. Em seguida aparece Pimenta da Veiga, com 25%. Tarcísio Delgado tem 4% das intenções de voto e Fidélis,1%.

Tarcísio Delgado, que já foi prefeito em Juiz de Fora (MG), também atacou Pimentel, mas não poupou o tucano. Segundo ele, PT e PSDB teriam culpa pela crise na mineração que atinge várias cidades mineiras e os dois partidos também teriam recebido recursos de mineradoras para a campanha. "Quem paga a banda escolhe a música, e quem paga a banda são as mineradoras", justificou.

O candidato do PSOL foi outro que atacou tucanos e petistas devido ao financiamento de campanha. "Tanto a candidatura do PT quanto a do PSDB recebem. Isso é muito sério. Isso compromete toda a administração. Ela vai ser guiada por esses financiadores de campanha. E o nosso compromisso é com a população", criticou Fidélis Alcântara.

Publicidade

No debate, os candidatos responderam a perguntas formuladas por jornalistas e instituições como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Federação das Indústrias e Arquidiocese. Eles trocaram questionamentos ainda sobre temas como educação, saúde e segurança pública.

Outros três candidatos concorrem ao governo de Minas Gerais: Cleide Donária (PCO), Eduardo Ferreira (PSDC) e Professor Túlio Lopes (PCB). Cada um aparece com 1% na última pesquisa Ibope. Eles não participaram do debate porque seus partidos não possuem representantes no Congresso e por ocuparem as últimas posições nos levantamentos de intenção de voto dos eleitores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.