PUBLICIDADE

Pedro Simon desiste da aposentadoria e vai disputar reeleição

Senador vai preencher vaga ao Senado na chapa do PMDB gaúcho, que ficou aberta após Beto Albuquerque ser lançado vice de Marina

Por Elder Ogliari
Atualização:

Senador Pedro Simon na tribuna do Senado Foto: Dida Sampaio/Estadão

" SRC="/CMS/ICONS/MM.PNG" STYLE="MARGIN: 10PX 10PX 10PX 0PX; FLOAT: LEFT; Atualizada às 21h18 PORTO ALEGRE - Depois de anunciar que daria sua vida pública por encerrada ao fim do atual mandato, em janeiro de 2015, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) ouviu os apelos de seu partido e decidiu disputar a reeleição neste ano. Simon disse que sua motivação é a candidatura presidencial da ex-ministra Marina Silva (PSB). "Sou candidato ao Senado para ajudar a Marina”, disse nesta segunda-feira, 25, ao anunciar sua decisão na sede estadual do PMDB, em Porto Alegre. “É para ajudar agora, a ganhar a eleição, e, se ela ganhar, sem cargo e sem coisa alguma, tenho condições de ajudá-la no Congresso.” Aos 84 anos, o político gaúcho substitui o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) na chapa majoritária da coligação O Novo Caminho para o Rio Grande, formada por PMDB, PSB, PSD, PPS, PHS, PT do B, PSL e PSDC. Albuquerque deixou a disputa local para concorrer a vice-presidente na chapa da ex-ministra Marina Silva, que assumiu a candidatura do PSB ao Palácio do Planalto depois da morte do ex-governador Eduardo Campos, no dia 13 de agosto, em um acidente aéreo no litoral paulista. Para o senador gaúcho, um eventual governo de Marina não dependerá de troca de favores para formar maioria no Congresso Nacional e poderá contar com a adesão dos melhores quadros de todos os partidos. Simon vai tentar este ano conquistar seu quinto mandato. Ele terá como principais concorrentes o ex-governador Olívio Dutra (PT) e o jornalista Lasier Martins (PDT).   ‘Igual’. Durante a entrevista coletiva, Simon não poupou críticas ao PSDB do candidato à Presidência Aécio Neves nem ao PT da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. O senador admitiu que os dois partidos fizeram coisas boas quando estiveram na Presidência, mas previu que ambos, se eleitos mais uma vez, formariam maioria no Congresso pelo mesmo sistema de troca de cargos por apoio. “Nada mais igual ao PSDB do Fernando Henrique (Cardoso) do que o PT do Lula e da Dilma”, comparou o candidato. “Só tem uma maneira (de mudar), que é a nossa candidata ganhar, porque ela vai governar com o povo e debater com o conjunto geral, com os mais competentes e dentro da dignidade e seriedade”, discursou o senador.   Saúde. Simon contou ainda que ouviu de seu médico que tem saúde para passar dos 100 anos, mas não para as exigências de uma campanha. Afirmou que outros nomes do PMDB, como o ex-senador José Fogaça, o ex-deputado federal Ibsen Pinheiro e o ex-governador Germano Rigotto, não quiseram concorrer no lugar de Albuquerque e que ele acabou cedendo aos pedidos que recebeu. O senador anunciou que viajará pelo interior do Rio Grande do Sul e também para outros Estados para atividades de apoio a Marina Silva, mas com a ressalva de que reservará algum tempo para descansar entre uma atividade e outra de campanha. A decisão de encarar mais uma eleição suspende o plano que Simon havia montado para depois do fim do mandato. “Há mais de 20 anos recebo convites para palestras em universidades, sindicatos, entidades e ia passar a aceitá-los”, disse. O projeto, segundo ele, era viajar pelo menos uma vez por mês e percorrer o Brasil para debater questões nacionais. O senador gaúcho reiterou que considera a mobilização da sociedade mais eficiente que o Parlamento para fazer mudanças. “De dentro para fora do próprio Congresso, ou do governo, ou do Judiciário, não sai”, avaliou Simon, que gosta de repetir, por exemplo, que foi a pressão popular que levou à aprovação da Lei da Ficha Limpa e ao julgamento do mensalão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.