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'Ou eu estou louco ou quem me condenou está louco', diz Lula

Em caravana pelo Sul, ex-presidente diz estar indignado com processo da Lava Jato

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Por Daniel Weterman
Atualização:
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de Seminário Internacional de Integração Latino-americana no municipio de Foz do Iguaçu, Paraná. Agenda faz parte da Caravana Lula Pelo Brasil na região Sul. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Durante passagem por Quedas do Iguaçu (PR), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve seu último recurso na segunda instância negado ontem, alegou mais uma vez sua inocência no processo da Lava Jato. "Ou eu estou louco ou quem me condenou está louco", disse Lula, ao falar sobre sua condenação, conforme vídeo transmitido pelo PT nas redes sociais.

Ele afirmou que está "indignado" com o processo e voltou a apelar para instâncias superiores. "A minha inocência eu já provei, eu quero que eles provem a minha culpa e a única coisa que eu peço é que numa instância superior eles julguem o mérito do processo", disse.

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O pedido de habeas corpus preventivo do petista será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 4. Até lá, Lula não poderá ser preso, conforme liminar concedida pela corte na semana passada. O petista repetiu que quem o condena está com medo de ele ser eleito no primeiro turno das eleições deste ano. Com a condenação em segunda instância, uma candidatura do ex-presidente pode ser impugnada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. O PT pretende registrá-lo como candidato no dia 15 de agosto. "Podem estar certos de uma coisa: eu vou voltar a presidir este país", declarou Lula.

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O petista classificou como "barbárie" e "selvageria" os protestos que enfrenta durante sua caravana pelo Sul do País. Ele não fez nenhuma menção à agressão sofrida por um repórter do jornal O Globo na segunda-feira, 26. O jornalista foi atingido com um soco por um segurança da caravana em Francisco Beltrão (PR). No discurso, Lula citou casos de agressão que teriam ocorrido contra militantes favoráveis ao petista. "Todo o qualquer protesto se aceita, o que não se aceita é a violência, é as pessoas serem bárbaras no trato de uma questão política", afirmou.

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