Curitiba - A candidata Marina Silva responsabilizou o PSB pela confecção de material de campanha com seu nome e do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, candidato à reeleição pelo PSDB. "Essa decisão não passou por mim. O PSB tem uma coligação no Estado com o PSDB. O material é produzido pelo PSB, que quer fazer minha campanha e a campanha do partido no Estado. Eu não tenho nenhuma responsabilidade a respeito dessa decisão", disse ela, durante entrevista coletiva antes de um ato público em Curitiba, nesta terça-feira, 23.
"Quando fui para o PSB, eu e o Eduardo Campos combinamos que onde não houvesse acordo com a Rede, eu não faria a campanha para o candidato da coligação com o PSB. Foi o que houve em São Paulo. Eu disse que não subiria no palanque do governador Alckmin e não estou subindo", afirmou. Quanto a um possível acordo com Alckmin no segundo turno, Marina disse que qualquer coisa relativa a essa nova fase da campanha será decidida depois do primeiro turno. "Segundo turno discuto no segundo turno", afirmou.
Marina também não apoia a aliança entre o PSB e o PSDB no Paraná. Indagada se vai mudar o comportamento, disse que não. "Está mantido o nosso compromisso de que nos lugares em que a Rede não está na aliança, mantemos a independência. O segundo turno, discute-se depois", afirmou ela.
A ex-ministra, porém, afirmou que se for eleita presidente da República, não discriminará nenhum governador, não interessa o partido. "Nossa posição em relação aos governos dos Estados é de respeito aos governos eleitos. Não concordo com essa política mesquinha, da velha política, de que você só faz convênios com quem é de seu partido ou sua coligação. Quem tiver projetos para seu Estado terá os convênios. Vamos melhorar a qualidade da política."