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Marina estreia como candidata em programa eleitoral no rádio

Confirmada à frente da chapa do PSB após a morte de Campos, ex-ministra fala em "unir o Brasil"; Dilma compara Brasil de agora ao dos tempos de FHC e Aécio promete governo mais eficiente

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Por Redação
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Nesta quarta-feira, 20, Marina foi oficializada como candidata, ao lado do vice na chapa, o deputado Beto Albuquerque Foto: André Dusek/Estadão

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva apareceu pela primeira vez como candidata do PSB à Presidência, no programa eleitoral de rádio, nesta quinta-feira, 21. "Agora é você Marina", disse o locutor ao apresentar a então vice na chapa de Eduardo Campos, que fez sua estreia com um discurso de "união pelo Brasil", sem ataques aos adversários. Já o programa do PT comparou o cenário econômico dos governos petistas ao da gestão Fernando Henrique, e o PSDB criticou a falta de eficiência de Dilma.

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O programa reafirmou a aliança que uniu os partidos em torno das candidaturas de Eduardo Campos, morto no último dia 13, e Marina e o projeto do ex-governador pernambucano para o País. No primeiro programa de rádio, na terça, o PSB dedicou todo o tempo para homenagear Campos e Marina apareceu em algumas imagens, mas sem fala.

Marina foi oficializada como candidata na tarde desta quarta, 20, quando também foi apresentada ao lado do vice na chapa, o deputado Beto Albuquerque, líder do partido na Câmara.

O programa no rádio insistiu em reafirmar o sentimento de união entre os partidos da coligação, agora em apoio a Marina. "Uma decisão que temos feito é trabalhar unidos para unir o Brasil em torno das coisas boas", disse a candidata. "Eu enxergo o Brasil do tamanho que ele deve ser", afirmou Marina.

Dilma. A campanha petista focou a edição desta quinta em comparar os governos do PT aos do tucano Fernando Henrique Cardoso. Dois locutores, um deles com sotaque nordestino, narraram números do desemprego e da inflação da gestão FHC e confrontaram com dados dos 12 anos dos governos Lula e Dilma. "No tempo dos tucanos, os brasileiros viviam era de bico", disse o locutor.

O programa apresentou depoimentos de eleitores para mostrar mudanças para melhor na agricultura, saúde e distribuição de renda. "Antigamente quem tinha acesso a um carro zero? Hoje nós temos acesso ao crédito", disse uma personagem. "Entrou um governo que enxergou os pobres e disse: esses pobres aqui também são gente", afirmou outro.

Ao longo do programa Dilma foi retratada como uma gestora experiente e responsável, que soube combater os efeitos da crise econômica internacional sem causar desemprego e inibir o crescimento. "Foram muitas noites sem dormir, trabalhando duro", afirmou Dilma ao locutor.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a aparecer no programa para pedir votos a Dilma. "Meu segundo mandato foi melhor do que o primeiro. Com Dilma será assim", disse. "Você não vai se arrepender [de votar em Dilma]", concluiu.

Aécio. O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, repetiu o mote de que, se eleito, terá um governo preocupado com as pessoas. "[Farei um] governo que gaste menos com suas estruturas e mais com as pessoas", afirmou. Desde o início da campanha, o tucano diz que vai cortar os gastos com a máquina pública e reduzir à metade o número de ministérios, atualmente em 39.

Respondendo perguntas de três locutores - um com sotaque mineiro e outro nordestino -, Aécio afirmou que um presidente precisa conhecer os problemas, pensar no planejamento e definir metas. "Governar é definir prioridades, é pensar mais na população que no partido", disse o candidato. As principais críticas ao atual governo ficaram nas intervenções do locutor: "Governo é muito fraquinho e olha que tem gente pra caramba lá." Aécio falou sobre metas para educação, sobre o enxugamento da máquina em Minas Gerais, Estado governado por ele, e redução do próprio salário de governador.

O programa do candidato do PSC, Pastor Everaldo, repetiu o programa de ontem a não ser pelo depoimento inicial, que ficou a cargo do pastor Manoel Ferreira. / Lilian Venturini, Wladimir D'Andrade e José Roberto Castro

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