SÃO PAULO - A ex-ministra Marina Silva (Rede) e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa foram os únicos presidenciáveis que mantiveram o volume de menções no Twitter na última semana, aponta levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.
Os demais pré-candidatos, conforme o monitoramento, apresentaram um esfriamento nos debates entre os internautas. De 19 a 25 de abril, conforme a Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da FGV, Marina Silva foi mencionada em 54,6 mil publicações na rede social.
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"O aumento da presença de Marina Silva em entrevistas e em atividades públicas começa, de forma mais fixa, a reposicioná-la em maior distanciamento frente a nomes com os quais disputava espaço no debate, como Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, que muito perderam em volume de referências, frente à semana passada", diz o relatório da FGV. Por outro lado, Marina ainda não concentra grupos de apoio na rede social.
Já o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, que ainda não confirmou se disputará a corrida presidencial, teve 46 mil referências ao seu nome desde o dia 19 no Twitter. "A maior parte das postagens sobre Barbosa alterna declarações de apoio junto a publicações de cidadãos comuns sobre o desempenho que o ex-ministro do STF obteria em outubro, os efeitos nos demais candidatos e a posição política que poderia adotar", diz a FGV, acrescentando que Joaquim Barbosa é "positivamente vinculado ao assunto de novo".
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Operação Lava Jato e preso em Curitiba, segue como o ator político mais citado nas redes sociais, embora tenha apresentado arrefecimento nas últimas semanas, diz a análise. Na última semana, 1,063 milhão de publicações fizeram menção ao petista.
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As referências ao petista continuam engajando perfis à esquerda e à direita, polarizando o debate, de acordo com o levantamento. Em mapa elaborado pela FGV com 1,8 milhão de tuítes e 1,3 milhão de retuítes, 23,26% das publicações incluem discussões de apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), críticas ao PT e a Lula.
De outro lado, 18,25% dos internautas compõem um grupo formado por perfis alinhados à esquerda e favoráveis ao ex-presidente. Um grupo majoritário, de 51,7%, está no debate "fazendo piada com tom crítico" aos políticos, diz a FGV.
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Em segundo lugar, o político mais citado na rede é Jair Bolsonaro, com 286,5 mil referências no Twitter. O parlamentar, no entanto, apresentou uma queda de aproximadamente 60% no volume de menções em comparação com a semana anterior. Em seguida, aparecem Michel Temer (MDB), Marina Silva (Rede), Joaquim Barbosa (PSB), Manuela d'Ávila (PCdoB), Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT).
O relatório da FGV diz que a prisão do ex-presidente Lula deve continuar a pautar boa parte do debate eleitoral. A carta de Lula ao Diretório Nacional do PT, afirmando que o partido pode ficar à vontade para tomar "qualquer decisão" sobre a eleição deste ano, e a reunião de Fernando Haddad com Ciro Gomes "são sinais de que o PT hoje avalia novos nomes e alianças para a disputa eleitoral", diz a análise.
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Além disso, a instituição chama atenção para as movimentações do ex-governador Geraldo Alckmin, que apresentou queda no volume de menções relacionada à redução na associação do tucano a casos de corrupção (de mais de 75 mil tuítes para 11,8 mil).