Marina e Barbosa mantêm volume de menções no Twitter, diz pesquisa da FGV

Segundo monitoramento da FGV, Marina Silva foi mencionada em 54,6 mil publicações, enquanto Barbosa apareceu em 46 mil referências

PUBLICIDADE

Foto do author Daniel  Weterman
Por Daniel Weterman
Atualização:

SÃO PAULO - A ex-ministra Marina Silva (Rede) e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa foram os únicos presidenciáveis que mantiveram o volume de menções no Twitter na última semana, aponta levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

PUBLICIDADE

Os demais pré-candidatos, conforme o monitoramento, apresentaram um esfriamento nos debates entre os internautas. De 19 a 25 de abril, conforme a Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da FGV, Marina Silva foi mencionada em 54,6 mil publicações na rede social.

+ Em programa de TV, FHC diz que situação de Aécio pode abalar campanha de Alckmin

"O aumento da presença de Marina Silva em entrevistas e em atividades públicas começa, de forma mais fixa, a reposicioná-la em maior distanciamento frente a nomes com os quais disputava espaço no debate, como Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, que muito perderam em volume de referências, frente à semana passada", diz o relatório da FGV. Por outro lado, Marina ainda não concentra grupos de apoio na rede social.

Já o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, que ainda não confirmou se disputará a corrida presidencial, teve 46 mil referências ao seu nome desde o dia 19 no Twitter. "A maior parte das postagens sobre Barbosa alterna declarações de apoio junto a publicações de cidadãos comuns sobre o desempenho que o ex-ministro do STF obteria em outubro, os efeitos nos demais candidatos e a posição política que poderia adotar", diz a FGV, acrescentando que Joaquim Barbosa é "positivamente vinculado ao assunto de novo".

Pré-candidados do PSB e da Rede foram os únicos que mantiveram o número de menções Foto: Jose Patricio e Fabio Motta/Estadão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Operação Lava Jato e preso em Curitiba, segue como o ator político mais citado nas redes sociais, embora tenha apresentado arrefecimento nas últimas semanas, diz a análise. Na última semana, 1,063 milhão de publicações fizeram menção ao petista.

+ Temer e PSDB negociam chapa Alckmin-Meirelles

Publicidade

As referências ao petista continuam engajando perfis à esquerda e à direita, polarizando o debate, de acordo com o levantamento. Em mapa elaborado pela FGV com 1,8 milhão de tuítes e 1,3 milhão de retuítes, 23,26% das publicações incluem discussões de apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), críticas ao PT e a Lula.

De outro lado, 18,25% dos internautas compõem um grupo formado por perfis alinhados à esquerda e favoráveis ao ex-presidente. Um grupo majoritário, de 51,7%, está no debate "fazendo piada com tom crítico" aos políticos, diz a FGV.

+ Lula, Temer e Bolsonaro são os políticos mais pesquisados no Google em 2017

Em segundo lugar, o político mais citado na rede é Jair Bolsonaro, com 286,5 mil referências no Twitter. O parlamentar, no entanto, apresentou uma queda de aproximadamente 60% no volume de menções em comparação com a semana anterior. Em seguida, aparecem Michel Temer (MDB), Marina Silva (Rede), Joaquim Barbosa (PSB), Manuela d'Ávila (PCdoB), Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT).

PUBLICIDADE

O relatório da FGV diz que a prisão do ex-presidente Lula deve continuar a pautar boa parte do debate eleitoral. A carta de Lula ao Diretório Nacional do PT, afirmando que o partido pode ficar à vontade para tomar "qualquer decisão" sobre a eleição deste ano, e a reunião de Fernando Haddad com Ciro Gomes "são sinais de que o PT hoje avalia novos nomes e alianças para a disputa eleitoral", diz a análise.

+ Pesquisa Ibope aponta Bolsonaro e Alckmin empatados em São Paulo

Além disso, a instituição chama atenção para as movimentações do ex-governador Geraldo Alckmin, que apresentou queda no volume de menções relacionada à redução na associação do tucano a casos de corrupção (de mais de 75 mil tuítes para 11,8 mil). 

Publicidade