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Marina combina social de Lula com economia de FHC, diz jornal britânico

Reportagem do Financial Times fala sobre perfil de propostas da candidata do PSB à Presidência

Por Fernando Nakagawa e correspondente
Atualização:

Londres - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, é tema de mais uma reportagem na edição impressa desta segunda-feira, 15, do jornal britânico Financial Times. Com o título "Marina Silva sacia a sede de mudança do Brasil", a publicação destaca que o comportamento "não partidário" da candidata tem "impressionado os eleitores e os investidores".

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O jornal britânico destaca o fato de que Marina Silva defende políticas sociais caras ao PT e usa argumentos econômicos da órbita do PSDB. "Ela combina a consciência social de Luiz Inácio Lula da Silva com a ortodoxia econômica de Fernando Henrique Cardoso", resume o jornal. A publicação ainda chama atenção para o fato de que a educadora Maria Alice Setúbal, mais conhecida como Neca, faz parte da família controladora do maior banco brasileiro e é uma das principais assessoras da candidata.

Ao lado da reportagem, um pequeno quadro com o título "Uma candidata radical com uma visão econômica ortodoxa" lista as principais diretrizes do discurso de Marina no tema. O FT cita a defesa da inflação no centro da meta de 4,5%, autonomia do Banco Central, criação de um conselho de responsabilidade fiscal para combater a contabilidade criativa e a proposta, ainda que sem detalhes, de uma reforma do sistema tributário.

A reportagem do FT explica que a ex-ministra tem adotado discurso menos partidário e, por isso, estaria conseguido atrair eleitores - inclusive dos manifestantes que foram às ruas no ano passado. Para produzir a reportagem, o FT acompanhou a candidata durante compromissos políticos no interior do Rio Grande do Sul. Além da agenda econômica e da pauta política, o texto destaca a origem humilde e o fato de que Marina era analfabeta até a adolescência.

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