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Eleição em Fortaleza marca rivalidade Ciro-Tasso

Em disputa acirrada, Roberto Cláudio (PDT) tenta abrir caminho de Ciro à Presidência; Capitão Wagner (PR) se apoia em PSDB e PMDB; Ibope aponta que disputa está empatada tecnicamente com 52% e 48% das intenções de votos válidos

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Por Igor Gadelha
Atualização:
Roberto Cláudio e Capitão Wagner contam com 52% e 48% das intenções de votos válidos em Fortaleza, mostra Ibope. Foto: Reprodução

FORTALEZA - A disputa pela prefeitura de Fortaleza chega ao fim neste domingo, 30, com o favoritismo do atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), posto à prova. Após ser o mais votado no primeiro turno, o candidato à reeleição aparece com 52% das intenções de votos válidos, empatado tecnicamente com o seu adversário, o deputado estadual Capitão Wagner (PR), que tem 48%, segundo pesquisa Ibope divulgada neste sábado, 29.

O Datafolha, contudo, mostra vantagem de 12 pontos porcentuais de Roberto Cláudio em relação a Capitão Wagner (56% a 44%).

A reeleição do pedetista, se confirmada, é a continuidade da hegemonia dos irmãos Ciro e Cid Gomes, ambos do PDT, na quinta maior cidade do País, o que fortalece a candidatura de Ciro à Presidência em 2018.

Ibope aponta empate técnico Foto: Infográfico|Estadão

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A reeleição, por outro lado, atrapalharia os planos do senador Eunício Oliveira, líder do PMDB na Casa, de tentar se eleger governador do Ceará em 2018. Adversários políticos dos irmãos Gomes no Estado, o peemedebista e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) são os principais apoiadores da campanha de Capitão Wagner. O controle da máquina municipal ajudaria a candidatura de Eunício ao governo estadual.

Na reta final do segundo turno, Capitão Wagner e Roberto Cláudio intensificaram a participação de caciques políticos estaduais e nacionais na campanha na TV e na rua.

Em meio à crise fiscal enfrentada por Estados e municípios, o candidato do PR usou a imagem de Eunício e Tasso. Já o prefeito pedetista teve a participação mais ativa de Cid e Ciro Gomes e também do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), na campanha.

Candidato de uma aliança entre PMDB, PSDB, PR e SD, Capitão Wagner vendeu a ideia de que a influência de Eunício e Tasso no governo Michel Temer vai ajudá-lo a garantir recursos para cumprir promessas. “Bons projetos sempre vão ter espaço”, minimizou Roberto Cláudio, que disputa a eleição como oposição ao governo federal.

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Propostas. A segurança pública dominou os debates na capital cearense – Fortaleza é considerada a cidade mais violenta do Brasil e a 12.ª mais violenta do mundo, de acordo com ranking da ONG mexicana Seguridad, Justicia y Paz.

Policial militar reformado, Capitão Wagner propôs armar a guarda municipal e colocar homens à paisana nos ônibus. O atual prefeito se posicionou contrário à medida.

A legalidade do Uber também opôs os candidatos a. Enquanto Capitão Wagner defendeu regulamentá-lo, o prefeito é contra. / COLABOROU PAULO PALMA BERALDO, ESPECIAL PARA O ESTADO