Garotinho diz apoiar Dilma, mas acusa Lula de perseguição a Rosinha

Candidato do PR ao governo do Rio, em sabatina, afirma ainda que vai criar Batalhões de Defesa Social em lugar das UPPs

PUBLICIDADE

Por Wilson Tosta
Atualização:

RIO - O candidato do PR ao governo do Rio, ex-governador Anthony Garotinho, criticou o PT, partido cuja candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff, apoia no Estado. Ele disse que tem boa relação com a presidente, mas não concorda com muitas políticas petistas. Garotinho também acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) de ter perseguido a gestão da governadora Rosinha Garotinho (2003-2006), sua mulher.

Segundo ele, o ex-presidente o convidou para ser ministro e não gostou quando recusou a oferta, feita em reunião de que também teria participado o então futuro ministro da Casa Civil José Dirceu, em 2002. “Então eles começaram a perseguir o governo da Rosinha”, afirmou ele, durante sabatina promovida nesta quarta, 6, pelo SBT, Folha de S. Paulo e portal UOL.

Ex-governador declarou ter boa relação com Dilma, mas disse não concordar com muitas políticas do PT Foto: ED FERREIRA/ESTADÃO

PUBLICIDADE

Apesar das críticas ao PT, Garotinho afirmou que quer levar a presidente, durante a a campanha eleitoral, para visitar um restaurante estatal que serve comida a R$ 1, que criou quando era governador. “Quero mostrar (a Dilma) o restaurante popular, para mostrar como ela pode fazer para todo o País”, declarou.

Garotinho dedicou boa parte do tempo da sabatina a atacar o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), cuja candidatura à sucessão de Rosinha apoiou em 2006, e sua gestão. Afirmou que vai criar Batalhões de Defesa Social em lugar das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que ocuparam favelas durante o atual governo. Prometeu revogar a concessão do Estádio do Maracanã à iniciativa privada e auditar todos os contratos de concessão do Estado, como os de trens, metrô e barcas. Neste ponto, mais uma vez aproveitou para atacar o ex-governador peemedebista.

“O que a SuperVia (concessionária privada de trens suburbanaos) fez para merecer mais 28 anos (de concessão)? Só porque a mulher do Cabral é advogada da SuperVia?”, criticou.

O ex-governador se apresentou como um “perseguido pelos poderosos”, que teriam tentado destruí-lo e calá-lo. “Essas elites acham que dá para colocar um político no bolso e me consideram um perigo”, afirmou. Também se declarou “um sobrevivente” dessas supostas perseguições . “Porque enfrentar os poderosos que enfrento... A máfia dos ônibus não gosta de mim, porque no meu tempo o transporte alternativo (com vans) podia trabalhar. O (atual) governo deixou tudo para os ônibus.”

Para Garotinho, uma coisa explica sua popularidade. “Existe uma paixão secreta do povo por mim”, afirmou. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.