(atualizado às 10h27)
SÃO PAULO - O candidato Eduardo Jorge chegou às 8h na seção onde vota no colégio Cristo Rei, na Vila Mariana, de bicicleta, com o neto Tito, de 5 anos. O candidato entrou na seção acompanhado pela mulher Yanna, cinco de seus seis filhos e do candidato do PV ao governo de São Paulo, Gilberto Natalini.
Eduardo Jorge disse que, caso não vá ao segundo turno, só irá declarar apoio a outro candidato depois de se reunir com a diretoria do PV. "Temos três candidaturas poderosas. Todos nesse G3 são da família da esquerda: social democrata, um socialismo tropical e um socialismo de origem marxista.Vamos ver qual das três está mais próxima de nos e qual vale à pena apoiar para nos aproximar de uma proposta mais adequada ao século 21".
Ele disse que o partido não repetirá o erro de 2010, quando adotou neutralidade no segundo turno. "Não vamos cometer de novo esse erro.Temos que continuar jogando o jogo no segundo turno.Isso significa escolher entre A e B o que está mais próximo de nós.Quem vai definir A e B é o povo", declarou.
O candidato do PV considerou positiva a divulgação de memes e piadas que encheram a internet ao longo de sua campanha. "O humor e a leveza foi muito importante. Mas o principal é que soubemos levar essa brincadeira para a discussão sobre temas importantes como a reforma política e a reforma energética", disse.
Eduardo Jorge disse acreditar que o partido sai fortalecido da campanha. "Tivemos uma campanha muito polarizada em torno de três candidaturas poderosíssimas. A nossa campanha, austera, teve dificuldade para romper essa barreira. Mas não queremos chegar a uma hegemonia e sim fortalecer a presença das nossas ideias no debate nacional" afirmou.
O candidato citou o PV alemão, que segundo ele tem cerca de 7% dos votos, em média. "O PV é um partido de vanguarda que quer mudar o capitalismo e o socialismo. Temos um papel construtivo de ajudar a mudar essas matrizes políticas, produzindo uma síntese mais generosa e equilibrada, capaz de respeitar a natureza, incentivar a inclusão social e principalmente construir uma cultura de paz", declarou.
Ao ser questionado sobre a possível influência das pesquisas de opinião no alcance das candidaturas, Eduardo Jorge - que tem cerca de 1% das intenções de voto - afirmou que qualquer tentativa de regular as pesquisas esbarraria em problemas envolvendo liberdade de imprensa e censura. "Não se pode querer regular as pesquisas. Por isso o PV tem uma proposta de voto facultativo. O eleitor que vota acompanhando pesquisas, faz isso por causa da obrigatoriedade. A discussão precisa ser estrutural. O voto facultativo é muito mais politizado e inteligente", afirmou.