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'É o mesmo tratamento para todos', diz Aécio sobre denúncia envolvendo Guerra

Tucano comenta episódio relatado por ex-diretor da Petrobrás segundo o qual o então presidente do PSDB cobrou R$ 10 milhões para engavetar CPI que investigava estatal em 2009

Por Tiago Décimo
Atualização:

 SALVADOR - O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, defendeu nesta sexta-feira, em Salvador, a investigação sobre o envolvimento do ex-presidente de sua legenda, Sérgio Guerra, morto em março, no escândalo de pagamento de propinas da Petrobrás. Como revelou o Estado, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa disse que o tucano o procurou em 2009 para cobrar R$ 10 milhõespara esvaziar a CPI que investigava a estatal na época.

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"É o mesmo tratamento para todos", disse Aécio, nesta tarde, em Salvador, onde participou de uma caminhada com lideranças políticas da oposição, como o prefeito da cidade, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM). "Temos de permitir que as investigações avancem e sejam feitas. Se alguém tiver responsabilidade, independente do partido político ao qual esteja filiado ou sem partido político, deve responder pelos seus atos."

O candidato aproveitou para ironizar a postura da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), sobre o caso. "Não conheço esse depoimento, soube dele ontem, no debate (promovido pelo SBT)", disse. "Pelo menos agora, ela (Dilma) parece confirmar ou crer nos depoimentos de Paulo Roberto (Costa), mas não vimos ainda nenhuma atitude dela em relação a pessoas muito próximas a ela que foram citadas como receptoras desse propinoduto que se criou na Petrobrás."Campanha. Pela primeira vez, trechos vazados da delação do ex-diretor citam um nome do PSDB no esquema, que envolvia, segundo depoimentos de Costa e Youssef à Justiça Federal, pagamentos de propinas a PP, PMDB e PT em contratos da Petrobrás. A quantia solicitada por Guerra em 2009, segundo o ex-diretor da estatal, seria utilizada ainda para a campanha presidencial de José Serra, em 2010.

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